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Quarta - 16 de Junho de 2010 às 06:51

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Candidato ao Senado, o ex-procurador da República Pedro Taques (PDT) defendeu, em discurso de pré-campanha, a implementação de propostas para o setor produtivo “livres de ideologia”.

Ele reforçou a tese de que a evolução do setor poderá ser assegurada através de uma nova maneira de pensar a área, de forma prática e dentro do modelo de respeito à filosofia do desenvolvimento econômico em relação à conservação ambiental.

“Temos 600 mil pessoas morando em assentamento. O Brasil investe muito no médio e no grande produtores, mas ao mesmo tempo existem muitos assentamentos sem documento. Terra sem documento é como cidadão sem identidade. É preciso regularizar a questão fundiária para fornecer financiamento e cobrar ações na área ambiental”, disse.

Taques também destaca a necessidade de se implementar políticas públicas para o setor ambiental aliadas a um cenário de expansão da produção. “Temos que prestar atenção nas certificações, não adianta produzirmos sem nos atentar para as nossas responsabilidades, pois, do contrário, vai chegar uma hora em que não teremos para quem vender”, enfatiza.

O candidato também aborda, nesse quadro, o novo Código Florestal. Nesse eixo, ele destaca que é preciso respeitar a história quanto à geografia do Estado.

Ele também defende discussões em torno da redefinição do que é Amazônia Legal. O candidato ao Senado reforçou ainda o entendimento de que é necessária a adaptação às mudanças pelos produtores, que devem avaliar o tema como um desafio.

“Os agricultores da década de 70 e 80 contribuíram muito para a formação do Estado. O problema é que para que isso fosse feito eles tinham que desmatar, tirar mata de beira de rio pra não dar malaria, desmatar pra não perder a terra... Essa era a lei, era a lógica do momento. Mas o mundo mudou. Sinop e Lucas do Rio Verde, por exemplo, estão ligados na Bolsa de Chicago. Qualquer deslize ambiental e o resultado será sentido em números”, acrescentou.

Taques chamou a atenção ainda para a revisão das propostas direcionadas para o setor da pecuária, que para ele deve receber cuidados especiais.

Ele também defendeu incentivos para a área. Ao analisar o desempenho da área da agricultura, ele acentuou o discurso de que é preciso tratar o setor como “assunto de interesse do Estado”. Ele também lembra em seu discurso que o setor é o principal responsável pelas divisas do país.

Pedro Taques deixou o Ministério Público Federal em abril deste ano. Desde quando passou a atuar no Estado, ele se envolveu em questões polêmicas, principalmente em relação a desvios de recursos públicos. Mas também atuou em questões ambientais, como a hidrovia Paraguai-Paraná.






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