Um jornalista hondurenho foi assassinado na noite de segunda-feira (14) por desconhecidos que dispararam de um veículo em alta velocidade na cidade de El Paraíso. Ele é o nono repórter a morrer no país em 2010.

Luís Arturo Mondragón, que atuava como diretor de notícias do Canal 19 a cabo local, foi morto quando estava sentado com seu filho na porta de casa.

Mondragón já havia denunciado ter recebido ameaças pelas críticas que fez a funcionários locais e deputados por envolvimento com corrupção.

No dia 8 deste mês, a CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) alertou que os direitos humanos continuam a ser violados em Honduras, segundo relatório preliminar apresentado por um grupo do organismo que visitou o país em maio.

Durante a visita, entre os dias 15 e 19 do mês passado, a Comissão "constatou que prosseguem as violações aos direitos humanos no contexto do golpe de Estado" que depôs o governo do ex-presidente Manuel Zelaya em junho do ano passado.

Segundo a CIDH, há informações sobre o assassinato de várias pessoas, entre elas jornalistas e defensores e defensoras de direitos humanos.

Além disso, defensores de direitos humanos, jornalistas, comunicadores sociais, professores, sindicalistas e membros da Resistência seriam alvo de ameaças e fustigações que não são devidamente investigados.