Repórter News - reporternews.com.br
Politica MT
Terça - 15 de Junho de 2010 às 21:44
Por: Patrícia Sanches

    Imprimir


O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Silvério Gomes, solicitou que o Conselho Nacional de Justiça faça uma espécie de “pente fino” no sistema de pagamento e no departamento financeiro do Judiciário estadual. Quer comprovar que a folha está "inchada". Silvério enfatiza que não tem condições de conceder todos os reajustes que estão na pauta de reivindicação dos mais de cinco mil servidores que, inclusive, estão em greve. O problema é que esse tipo de ação não é usualmente feita pelo CNJ. De todo modo, com a atitude, o magistrado sinaliza estar disposto a negociar e que está tentando solucionar o impasse com os servidores.

O pedido é feito dias após o Sinjusmat ter apresentado um abaixo-assinado com mais de 20 mil assinaturas no CNJ, solicitando a intervenção nos departamentos financeiro e pessoal do TJ. Entre os itens que Silvério pretende esclarecer estão detalhes do funcionamento do sistema, especialmente quanto ao cálculo de verbas, créditos e pagamento de passivos aos servidores ativos, inativos e pensionistas. “Uma averiguação do CNJ responderá com clareza e de forma categórica as indagações dos servidores, pondo fim às dúvidas suscitadas neste momento e ao impasse instalado”, argumentou o desembargador.

Ainda segundo ele, mais de 96% do repasse constitucional são feitos pelo Poder Executivo e são destinados ao pagamento de pessoal. Assim, o TJ não tem condições orçamentárias necessárias para atender as demandas dos servidores para quitação de débitos pretéritos. “Considero que uma averiguação do CNJ, in loco, contribuirá para sanar todas as dúvidas que ainda persistem a respeito dos cálculos e atestar a falta de capacidade para o pagamento”, pontuou o presidente. Ele ressalta que neste ano o TJ já liberou o pagamento de R$ 19,2 milhões dos créditos sobre perdas advindas da conversão da Unidade Real de Valor (URV) para o Real.

Além disso, os servidores receberam neste ano um reajuste salarial de 4,1%  e uma parcela de 16,6% de acréscimo em seus vencimentos, como forma de contraprestação pecuniária pela mudança na jornada de trabalho, de seis para sete horas diárias. Outra parcela de 16,6% será concedida a partir de 1º de julho, somando cerca de 40% de atualização nos vencimentos dos servidores ativos. A categoria reivindica, entre outras coisas, o pagamento total do URV, que custará ao erário R$ 200 milhões. Querem também o pagamento de salário-família, promoção salarial de oficiais de Justiça com Ensino Médio como se tivessem curso superior.





Fonte: RD News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/127425/visualizar/