Ao contrário de ex-líder, Barreto usa o silêncio para acalmar deputados

Na primeira semana na função de líder do Governo na Assembleia, o deputado Jota Barreto (PR) está buscando um jeito diferente do antecessor Romoaldo Júnior (PMDB) para acalmar os ânimos dos colegas. Ao invés de fazer reuniões com todos os 24 parlamentares, ele está investindo no diálogo em separado com as bancadas. Segundo Barreto, esse método propiciará que anseios e avaliações dos partidos sejam debatidos de forma mais concreta e aliados tenham mais voz.

 

   Dessa forma, ele também poderá focar em diminuir a força do bloco independente, que agora cooptou Walter Rabelo e Airton Português, ambos do PSD. Antes o grupo contava somente com a deputada Luciane Bezerra (PSB), Zeca Viana (PDT), Dilmar Dal Bosco (DEM), Ademir Brunetto (PT), Ezequiel Fonseca e Antônio Azambuja, ambos do PP.

 

   Barreto tem demonstrado dificuldades de agregar, tendo em vista a grande insatisfação dos parlamentares com o governo Silval Barbosa (PMDB). Até agora ele tem optado em ouvir mais do que falar, tem se articulado apenas nos bastidores fazendo um raio-x da crise para depois agir. Até o momento, o republicano não defendeu o governo na tribuna e deixou os ataques correndo soltos contra aos secretários Mauri Rodrigues (Saúde) e Ságuas Moares (Educação). Nem bem esfriou o escândalo do vencimento de caixas de remédio de alto custo, agora estão sendo questionados os gastos milionários, estimados em R$ 7,7 milhões, da Seduc com contratação de serviços de buffet.

 

 

   Diante do silêncio de Barreto, quem saiu na defesa de Ságuas foi o colega de partido Ademir Brunetto. “Esses comentários são maldosos. Este dinheiro está sendo investido em cursos de formação para professores que precisam tomar café e almoçar nos intervalos das capacitações. É investimento na educação”, argumentou.