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Terça - 15 de Junho de 2010 às 12:46
Por: Dayane Pozzer/de Rondonópolis

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O ex-governador Blairo Maggi, pré-candidato a senador pelo PR, esteve em Rondonópolis durante toda esta segunda-feira (14). Pela manhã, Blairo participou de um café da manhã com empresários na Associação Comercial, Empresarial e Industrial (Acir) onde, entre outros assuntos, relembrou da derrota do ex-prefeito Adilton Sachetti, hoje presidente da Agecopa, para o então prefeito José Carlos do Pátio (PMDB) nas eleições de outubro de 2008.

“Cometemos um erro político, não tem como consertar agora, mas temos que nos unir para ajudar no desenvolvimento da cidade. Respeito o governo do Pátio, não quero fazer críticas, mas a cidade perdeu a auto-estima”, declarou.

Apesar de negar as rusgas políticas provenientes da derrota sofrida em 2008 pelo seu afilhado político, que também participou do encontro, o pré-candidato afirma que o município tem enfrentado sérios problemas com a gestão autal e nega que o governo do Estado, enquanto ainda era governador e agora a frente da administração de Silval Barbosa (PMDB), tenha negado qualquer ajuda a Rondonópolis.

“Rondonópolis nunca deixou de receber ajuda. Todos os convênios continuaram, é injusto falar que não há apoio. Não tiramos absolutamente nada. A diferença é que antes, com o Adilton, ele fazia as obras que hoje o Estado faz. Rondonópolis recebeu durante o meu governo R$ 247 milhões em infraestrutura. Diferenças políticas existem, mas em nenhum momento abandonamos a cidade”, disse.

Blairo ainda afirmou que a cidade não está “tão ruim”, mas que poderia estar “andando a 100 quilômetros por hora, enquanto está a 40, 50 quilômetros por hora". O ex-governador pediu aos empresários que se mostrem líderes nesse momento, através da Acir. “Só pode ser corrigido na próxima eleição, mas enquanto isso vamos nos esforçar para que a cidade não mergulhe ainda mais no “não está funcionando”, apelou.

Novas empresas

Para o pré-candidato, não são apenas especulações as informações de que o município enfrenta dificuldades. “Nos últimos meses como governador recebi empresários que estudavam vir para Rondonópolis, mas desistiram”, afirmou. Como exemplo, Blairo citou a negativa de um empresário argentino do ramo de plantadeiras agrícolas que não quis se instalar em Rondonópolis “pelas coisas que ouviu”.

O secretário-adjunto de Indústria e Comércio do Estado, Elio Rasia, que já foi secretário de Desenvolvimento Econômico de Rondonópolis, declarou ao Olhar Direto que falta investimentos no novo Distrito Industrial, inaugurado na gestão de Sachetti. “O município passa por uma sonolência política. Empresas que compraram ou receberam terrenos no Distrito até agora não começaram a construir porque não tem infraestrutura, não tem água, luz, esgoto. Está tudo parado”, afirmou.

Rasia afirmou ainda que Pátio é mais ligado à iniciativas sociais e comunitárias, mas está esquecendo da importância da industrialização. “Está na hora do prefeito acordar e começar a valorizar”, criticou. O secretário comentou que convidou o peemedebista para participar de visitas técnicas em Santo André (SP) e Blumenau (SC) e na capital catarinense conhecer o Centro Tecnológico com empresas incubadas, mas que não houve interesse. “Falta essa integração com a área industrial e até mais conhecimento da equipe dele. Queremos que o município participe dessas coisas conosco”, declarou.

Também participaram do café da manhã dois empresários interessados em consolidar investimentos na região. Geraldo Marchi Junior, empresário paulista da cidade de Leme explicou que em breve vai instalar uma indústria de blocos cerâmicos e telhas em Juscimeira, com a previsão de produzir 10 a 12 tonelas/mês. Já o empresário Fiorindo Fachini, de Cascavel (PR), vai instalar em Rondonópolis uma indústria de fundição de peças agrícolas e rodoviárias, além de uma loja de peças importadas.






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