Riva quer debater operações e diz não ser “retaliação”
Diante das inúmeras operações desencadeadas pela Polícia Federal em Mato Grosso e dos efeitos polêmicos decorrentes da operação Jurupari, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), quer debater em audiência pública, na quinta-feira (17), os efeitos e causas como os resultados práticos obtidos com as ações policiais no Estado.
No entanto, o parlamentar frisa que não se trata de uma “retaliação” pelo fato de ter tido a própria esposa, Janete Riva, presa durante a operação Jurupari, mas para combater o sensacionalismo. Ele considera que nos últimos anos as operações se tornaram verdadeiros “shows” pirotécnicos com cenas cinematográficas.“É necessário fazer uma análise de todas essas ações policiais, os efeitos de causa, legalidade, o impacto social e econômico”, frisou Riva.
A audiência contará com a participação de todo o segmento ambiental, sindicatos, secretários de Estado, representantes do Tribunal de Justiça, Ministério Público, Departamento da Polícia Federal, da Polícia Judiciária Civil, OAB/MT, Fiemt, Famato, prefeitos,, vereadorese à sociedade em geral.
O deputado disse também que o objetivo é saber qual o custo das operações realizadas como Jurupari, Pacenas, Curupira, Higea, e quais os resultados de fato obtiveram como o que aconteceu com os denunciados.
Polêmica
A operação Jurapari, realizada no dia 21 de maio, para combater crimes ambientais, despertou a ira em diferentes setores da sociedade civil e rendeu muita polêmica ao levar 91 pessoas preventivamente por determinação do juiz federal da Primeira Vara, Julier Sebastiaão da Silva. Foram presos engenheiros, empresários, fazendeiros, servidores e assessores políticos.
O esquema consistia de retirada ilegal de madeira de área indígena e de fraude em documentos para transporte das mesmas de forma irregular, ou seja, como sendo de áreas de preservação ambiental.Contudo, as prisões foram consideradas ilegal por advogados e políticos, que ingressaram com representação contra o próprio juiz na Justiça.
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