Licenciado do TRE, Stábile deve retornar ao TJ em julho
Licenciado do cargo de presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE), o desembargador Evandro Stábile deverá retornar às atividades no Tribunal de Justiça do Estado após o término das férias, no início do mês que vem. Afastado apenas do TRE, Stábile, além de ser acusado por envolvimento no esquema de venda de sentenças na Justiça Eleitoral, também é investigado pelo mesmo crime no Judiciário mato-grossense.
De acordo com o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador José Silvério Gomes, Stábile não requisitou pedido de licença do TJ e, por isso, terá que voltar no término do período das férias, no próximo dia 2. “Ele (Stábile) vai ter que começar a trabalhar aqui (no TJ)”. Ele conta que ficou sabendo que Stábile se licenciou do TRE, porém, no TJ não houve nenhum tipo de pedido nesse sentido.
As interceptações telefônicas mostram Stábile mantendo ligação próxima com a advogada Célia Cury, esposa do desembargador aposentado José Tadeu Cury, tida como a “cabeça” da organização criminosa. Já no TRE, ele (Stábile) é apontado por suposta negociata com prefeitos do interior do Estado.
Investigação
Devido a um problema técnico no sistema de processo eletrônico do TJ, segundo Silvério, ainda não foi possível ter acesso ao inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que culminou na operação Asafe, deflagrada pela Polícia Federal no mês passado. O presidente explica que vai entrar em contato com ministra do STJ, Nancy Andrighi, relatora do processo ainda hoje para que ela lhe passe a senha de acesso.
Silvério afirma que logo após obter cópia do relatório vai instaurar Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar o envolvimento de desembargadores, juízes e servidores citados no processo de investigação.
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