Advogados serão julgados pelo Tribunal de Ética; ele integrariam suposta esquema de venda de sentenças no TJ e TRE
OAB vai suspender inscrição de advogados presos pela PF
Os advogados Max Weizer, Rodrigo Vieira, Alcenor Alves, Santos Souza Ribeiro, Alessandro Jacarandá, Célia Cury, esposa do desembargador aposentado José Tadeu Cury, terão suas inscrições junto à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), suspensas preventivamente.
Eles foram presos durante a Operação Asafe, deflagrada no dia 18 de maio passado, pela Polícia Federal, acusados de integrar um suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça e no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso.
O pedido de suspensão será levado à votação nesta segunda-feira (14), às 18h, no Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem. Em entrevista ao MidiaNews, o presidente da OAB-MT, Claudio Stábile, afirmou que, inicialmente, serão julgados os seis advogados mencionados acima. Ele, no entanto, não descartou a suspensão da inscrição de outros profissionais investigados pela Operação Asafe.
Stábile solicitou a cópia do inquérito instaurado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), para verificar as suspeitas que pesam contra advogados acusados de serem intermediários do suposto esquema de venda de sentença no Judiciário de Mato Grosso. De acordo com o estatuto da OAB, a punição varia desde uma simples advertência por escrito até a perda do registro profissional.
Foram presos durante a Operação Asafe: Célia Cury (advogada e esposa de Tadeu Cury, desembargador aposentado), Jarbas Nascimento (ex-chefe de gabinete de Tadeu Cury), Cláudio Emanuel Camargo (empresário e genro de Tadeu Cury), Alessandro Jacarandá (advogado e sócio de Célia Cury), Alcenor Alves de Souza (advogado e ex-prefeito de Alto Paraguai), Rodrigo Vieira (advogado) e Santos de Souza Ribeiro (advogado).
Operação Asafe
A operação foi deflagrada pela Polícia Federal no dia 18 de maio, pela Polícia Federal, a pedido do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Durante a operação, foram expedidos nove mandados de prisão, 30 de busca e apreensão em escritórios de advogados, em residências de juízes e desembargadores, em Cuiabá, Alto Paraguai e Várzea Grande. Além disso, diversas intimações para esclarecimentos foram expedidos.
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