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Segunda - 14 de Junho de 2010 às 08:41
Por: Romilson Dourado

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O Conselho Nacional de Justiça deve "punir" também com aposentadoria compulsória o desembargador Orlando de Almeida Perri. Ele foi o único que restou dos grupos que vivem queda-de-braço dentro do Tribunal de Justiça, o que acabou proporcionando uma "explosão" de escândalos no Judiciário estadual. A tendência é que nos próximos três meses não se tenham vencedores e vencidos no Pleno. Do grupo de Perri se aposentou neste ano Paulo Lessa. Uma outra ala foi desfeita com a aposentadoria compulsória do desembargador José Ferreira Leite. Com ele foram para a inatividade os juízes Marcelo Souza de Barros, Irênio Lima Fernandes, Antônio Horácio da Silva Neto, Marcos Aurélio dos Reis Ferreira, Juanita Cruz Clait Duarte, Maria Cristina de Oliveira Simões e Graciema Caravellas. Os desembargadores Mariano Travassos e José Tadeu Cury também foram excluídos da ativa.

Perri denunciou vários colegas magistrados no período em que atuou como corregedor-geral de Justiça. As acusações culminaram na queda de quase todos acusados de improbidade, corrupção e outros crimes. O problema é que Perri também está sob investigação do CNJ. Os conselheiros tomaram conhecimento da existência de grupos rivais dentro do TJ e, ao saber que só restou Perri e contra este há acusações pesadas, estão determinados a eliminá-lo também.

Perri foi acusado de fraudar a Identidade, com mudança da data de nascimento, para ter legitimidade com vistas a inscrição para o concurso público à cadeira de magistrado. No dossiê com 35 páginas, estão anexados até Certidão de Batismo da Arquidiocese de Cuiabá, o diploma de bacharel em Direito pela UFMT, CIC e Carteira de Identidade, tudo para sustentar a tese de que teria ocorrido fraude. Segundo a acusação, Perri estava com 24 anos de idade quando da inscrição para concurso de juiz e, então, teria alterado a data de nascimento, com vistas a atender a exigência do edital e permitir sua inscrição no concurso.

Uma outra denúncia contra Orlando Perri foi feita pelo advogado Marcos Souza de Barros, que move uma ação popular. Ele é irmão do juiz Marcelo Souza de Marros, um dos 10 magistrados punidos com a compulsória pelo CNJ. Acusa Lessa e Perri de, enquanto presidente e corregedor-geral (2007/2009), respectivamente, fazerem pagamentos ilegais a magistrados e servidores do Judiciário mato-grossense. No caso de Perri, aponta-o como omisso diante das irregularidades supostamente cometidas. Pede que os bens dos dois sejam bloqueados. Somente a esposa de Lessa, Déa Maria de Barros e Lessa, hoje aposentada, recebeu R$ 2 milhões a título de vencimento, representação do cargo comissionado, vantagem pessoal, gratificação de nível superior e adicional de tempo de serviço. O filho do casal, Fabio Helene Lessa, embolsou de vantagens mais R$ 124,8 mil.





Fonte: RD News

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