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Segunda - 14 de Junho de 2010 às 00:12
Por: Romilson Dourado

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O ex-deputado Walter Rabello, cassado em 2007 por infidelidade partidária, não se enquadra como ficha-suja e, assim, não deve enfrentar problemas jurídicos para registrar uma nova candidatura a estadual. O ex-prefeito de Reserva do Cabaçal e ex-presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios Ezequiel Ângelo da Fonseca também vai poder concorrer à vaga na Assembleia. Por meio de assessoria, ele contesta a informação de que teria conta rejeitada pelo TCE. Sendo assim, poderá ter aval da Justiça Eleitoral na corrida por vaga no Legislativo.

Embora tenha sido julgado por um colegiado de magistrados, no caso os membros do Pleno do Tribunal Regional Eleitoral, Rabello explica que recebeu como punição a perda do mandato e que não foi considerado inelegível, tanto que teve registro deferido para concorrer a prefeito da Capital, no pleito de 2008. Ele se mostra convicto de que agora, mesmo com um recurso por julgar no TSE na esperança de ainda reaver o mandato, não será impeditivo para sua nova candidatura. Após se eleger deputado pelo PMDB nas urnas de 2006, o ex-vereador por Cuiabá e ex-apresentador de TV migrou para o PP, em 2007. Como o TSE criou a resolução pró-fidelidade, inclusive retroagindo-a para a partir de 27 de março daquele ano e estabeleceu que o mandato pertence ao partido e não ao candidato eleito, Rabello acabou cassado. Sua vaga na Assembleia ficou com o então suplente Nilson Santos (PMDB), de Colíder.

"Infidelidade partidária não se enquadra como ficha-suja. Além do mais, a punição que foi a perda do mandato já foi aplicada", enfatiza Rabello. Esse e outros tipos de contestações devem ocorrer a partir de agora com outros políticos que já foram punidos por um colegiado e que estão em pré-campanha por novos cargos eletivos, como os deputados estaduais Chica Nunes e Gilmar Fabris e o deputado federal Pedro Henry. Os três foram cassados por compra de voto pelo Pleno do TRE, recorreram e graças à liminar obtida no TSE se mantêm no exercício do mandato. Hoje pelo DEM, a ex-tucana Chica sonha com a reeleição e, mesmo que tenha trocado de legenda, não foi punida por infidelidade partidária, como aconteceu com Rabello. O deputado Wallace Guimarães também saiu do DEM e foi para o PMDB e conseguiu, em meio às brigas jurídicas, "segurar" o mandato.





Fonte: RD News

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