Governador Silval Barbosa discute com pré-candidatos ao Senado Blairo Maggi (PR) e Carlos Abicalil (PT), a ideia de insistir com Serys Marli para vice, numa aliança PMDB-PT ao Paiaguás
Serys volta a ser cogitada para vice
A base governista, sustentada pela coligação PMDB-PR-PT e com os três nomes para majoritária já definidos, volta a apontar o nome da senadora Serys Marly como opção para vice da chapa do governador Silval Barbosa. A petista até sinalizou positivamente, mas se vê numa situação política delicada porque já disparou críticas ao peemedebista e, na bronca com o presidente estadual petista Carlos Abicalil, acabou anunciando apoio a outros nomes que, em tese, são opositores à turma da Palácio Paiaguás. Após perder nas prévias para Abicalil, pré-candidato a senador, Serys disse que seu candidato a governador seria Mauro Mendes (PSB) e que votaria em Pedro Taques (PDT) para o Senado. Além disso, ela não se inscreveu dentro do PT no prazo hábil para concorrer a cargo eletivo no pleito de 3 de outubro.
As chances de Serys ser confirmada como companheira de chapa de Silval aumentam à medida que eclodem a crise no bloco pró-Mendes, inclusive com risco do empresário vir a "jogar a toalha" por causa de conflitos dentro do PSB, principalmente com o presidente regional Valtenir Pereira. Para piorar, partidos como PDT e PPS que fazem parte da coligação Mato Grosso Muito Mais estão rachados quanto à adesão à candidatura Mendes. Se o bloco se esfacelar, quem se inviabilizaria também seria o ex-procurador da República Pedro Taques.
Em pré-campanha à reeleição, Silval enfatizou, nas reuniões internas, que Serys seria uma boa alternativa para vice porque conseguiria atrair o PT por inteiro para a coligação, teria uma voz feminina na chapa e ainda uma representante da Baixada Cuiabana. Serviria para contrapor os principais adversários que têm base eleitoral na Capital, como o ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) e o empresário Mendes. Serys foi deputada estadual por dois mandatos, teve passagem relâmpago como secretária de Estado de Educação no governo Carlos Bezerra e exerce mandato de senadora desde 2003.
Outros partidos que poderiam indicar nome para vice disseram abrir mão, em nome da unidade do grupo. O PP, que vai anunciar apoio a Silval, convenceu Chico Daltro a concorrer a deputado federal ao invés de se colocar como opção para vice da chapa do peemedebista. A esperança do bloco situacionista é atrair o PDT e o PSB. Nessas articulações podem entrar como espécie de moeda de troca a vaga de vice. Enquanto isso, Serys continua literalmente no banco de reservas, já que a opção que restou para ela seria de vice.
Indefinições
De todo modo, nenhum dos três principais postulantes à cadeira de governador definiu o vice. Um aguarda pela definição do outro. A decisão vai sendo postergada para as convenções, marcadas estrategicamente para a última semana deste mês, já dentro do prazo-limite imposto pela Justiça Eleitoral.
A mesma incerteza se constata quanto aos dois suplentes de cada um dos pré-candidatos à senatória. Vão estar em disputa duas vagas para o Senado. O ex-governador Blairo Maggi sinalizou para ter o ex-prefeito de Nova Marilândia José Aparecido, o Cidinho, do mesmo PR, como primeiro-suplente. Quanto ao segundo companheiro da chapa, prefere adiar a escolha. Abicalil também guarda segredo, assim como Taques. O tucano Antero de Barros fechou com o empresário de Primavera do Leste Édio Brunetta (DEM) a primeira-suplência, mas desconversa sobre o segundo nome.
Comentários