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Domingo - 13 de Junho de 2010 às 03:59
Por: Téo Meneses

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Desde 2007 Rodrigo Rodrigues ajuda o presidente estadual do PDT, Otaviano Pivetta, em coordenar as ações da agremiação
Desde 2007 Rodrigo Rodrigues ajuda o presidente estadual do PDT, Otaviano Pivetta, em coordenar as ações da agremiação
O coordenador-geral e tesoureiro do diretório estadual do PDT, Rodrigo Rodrigues, afirma não acreditar na possibilidade de recuo da pré-candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB) ao governo do Estado. Diz ainda que, mesmo se isso acontecesse, o desempenho eleitoral dos pedetistas não seria influenciado com o fim do movimento "Mato Grosso Muito Mais", que reúne também o PV e PPS.

Rodrigo é uma espécie de porta-voz do PDT em Mato Grosso e ajuda o presidente estadual da sigla, deputado Otaviano Pivetta, a coordenar a agremiação desde 2007. Ele comenta a seguir as expectativas do partido para a próxima eleição, fala das divergências com os militantes históricos de Cuiabá e comenta as indicações dos suplentes do candidato a senador e ex-procurador da República, Pedro Taques.

Rodrigo Sérgio Garcia Rodrigues tem 38 anos. Nasceu em Alto Araguaia (MT) e é aviador por formação. Casado com Ana Paula Garcia Rodrigues, ele tem três filhos: Rodrigo, Ana Sofia e Pedro Rodrigues Lima Neto.

Gazeta - A crise no PSB pode prejudicar o desempenho eleitoral do PDT?

Rodrigo Rodrigues -Acredito que não. Construímos uma legenda com uma militância muito homogênea no Estado inteiro. O que nos chama a atenção, quando visitamos o interior, é que temos em todo os lugares pessoas de bem, sejam empresários, sindicalistas, professores, enfim, são pessoas que amam o partido. Temos até brizolistas no interior que ajudaram a fundar o PDT no Rio Grande do Sul. Tudo isso nos leva a crer que nosso desempenho não vai ser afetado por coisas externas, pois há um certo tempo já temos vida própria. Isso se deve em muito à liderança do deputado Otaviano Pivetta.

Gazeta - Mas a cúpula do PSB tem trocado farpas em público. O PDT não tem o receio de ficar na mão com um eventual recuo da candidatura do Mauro Mendes?

Rodrigo - É certo que, em política, dizer que algo não vai acontecer é faltar com respeito à inteligência das pessoas. Mas nós não trabalhamos com essa hipótese. Se vier a acontecer, vamos ter que sentar para avaliar essa nova conjuntura. Mas estamos também mais preocupados hoje com nossas candidaturas proporcionais. Existe uma candidatura consolidada ao governo e, mesmo se ela recuar, nós não ficaríamos na mão porque teríamos que buscar novos caminhos e faríamos isso.

Gazeta - Hoje o PDT está em quantas cidades mato-grossenses?

Rodrigo - Hoje estamos, felizmente, em 121 municípios entre diretórios e comissões provisórias. Naquele ano de 2007, tivemos até 3 de outubro para filiar pessoas e constituir diretórios para participar da eleição de 2008. Fizemos isso em quatro meses. Trouxemos novas lideranças juntamente com o companheiro Valdinei Barbosa. Em 2008, já participamos da eleição em 121 cidades e dobramos nossas bancadas. Tivemos um salto de mais de 100% no número de prefeitos. Hoje, nós contamos com 63 vereadores, 4 prefeitos, sendo que um vive uma disputa jurídica, que é em Diamantino, e deve voltar logo ao cargo.

Gazeta - A chegada desse novo grupo ao PDT provocou alguns embates com os chamados militantes históricos. Isso já está superado?

Rodrigo - Sim, até porque, quando o secretário-geral Manoel Dias esteve aqui em dezembro de 2007 e nós tivemos que substituir algumas pessoas do diretório, a gente já estava nomeando algumas pessoas do interior no lugar de algumas pessoas da Capital. Mas o Mário Márcio Torres (presidente do diretório de Cuiabá) soube entender isso com o tempo. Tivemos algumas divergências, porém, nada que inviabilizasse o grupo. Ele tinha um dia-a-dia junto com o grupo, aí chegaram novas pessoas e isso não foi muito bem entendido naquele momento. Com o crescimento do partido, ele foi entendendo. A gente também sempre primou por não perder a história do PDT. Não estamos aqui para inventar a roda e sim fazer a roda andar. Isso levou esse grupo de militantes históricos a entender que queremos o melhor para o grupo e não disputar poder.

Gazeta - Pelo jeito, essas divergências foram superadas, então.

Rodrigo - Sim. E isso foi sempre o desejo do deputado Otaviano Pivetta, que sempre orientou no sentido de que trouxéssemos novas lideranças e jovens para o partido para somar com as pessoas que contribuíram ao longo de uma história com a sigla. Nós fizemos um trabalho de inclusão e não de afastar esse ou aquele grupo. Essa foi a determinação do deputado Otaviano Pivetta, que nos delegou ainda a responsabilidade de fortalecer cada vez mais os movimentos, como o movimento Negro, das Mulheres, entre outros. Esses movimentos existiam mais no papel. Ao assumirmos o partido em 2007, começamos a fortalecer a Juventude e hoje já temos esse movimento em 70 cidades de Mato Grosso. Fomos ainda o primeiro partido a criar o Movimento Negro. Agora, a Paola Reis assumiu o grupo das Mulheres Trabalhistas, sendo que a Jacy Proença está tocando em frente isso, o Alonso Alcântara está com os núcleos base e o Dito Labamba com o Movimento Comunitário. Tudo isso fortalece os grupos e minorias para assegurar a verdadeira militância partidária e promove o resgate à cultura partidária.

Gazeta - Nessa perspectiva, o PDT elege quantos deputados estaduais e federais?

Rodrigo -Acreditamos na possibilidade de eleger um deputado federal, três estaduais e um senador da República. Se fizermos uma boa coligação, dá para atingir sim essa meta, até porque eleger um federal é uma prioridade da direção nacional para dobrar nossa bancada na Câmara Federal.

Gazeta - Os partidos do movimento "Mato Grosso Muito Mais" vão fazer um chapão também como ensaiam o PT e PR na tentativa de atrair o PMDB?

Rodrigo - O consenso é que isso pode ser bom para todos nós. Estou cuidando mais da questão dos candidatos a federal, até porque sou pré-candidato, mas na minha avaliação isso seria algo interessante para o grupo.

Gazeta - O deputado Otaviano Pivetta, diante dessa possibilidade de formar um chapão, vai ser candidato a federal mesmo ou ser vice na chapa a ser encabeçada pelo empresário Mauro Mendes (PSB) ao governo?

Rodrigo - Para mim foi uma grata surpresa o anúncio da pré-candidatura dele a federal. Tenho uma admiração muito grande por ele e até mesmo uma amizade fora do partido. Achei muito interessante essa disposição. Em relação à candidatura a vice-governador, gostaria que o vice fosse do PDT e preferencialmente o (Otaviano) Pivetta. Ele é o nome que mais fortalece o Mauro Mendes dentro da conjuntura atual no nosso grupo. Mas é lógico que, até as convenções, muitas coisas podem ocorrer.

Gazeta - O ex-procurador da República Pedro Taques anunciou que caberá ao PDT fazer indicação dos dois suplentes de senador na chapa dele. Como o partido vai fazer essas escolhas?

Rodrigo - Ainda não discutimos isso. Não definimos esses detalhes para não impedir a aproximação de novas siglas. Além do mais, nós já nos afastamos de qualquer vaidade pessoal. Isso é uma diretriz do diretório nacional, mas, a partir do momento que um nome mais capacitado se apresentar, posso reavaliar isso com toda calma. Em relação à suplência de senador, temos bons nomes que serão avaliados nos próximos dias juntamente com os partidos que vierem a somar o nosso projeto majoritário. Vamos buscar o que pode agregar mais.

Gazeta - Até porque, se o PDT indicar o vice de Mauro Mendes, deve abrir outras vagas na chapa para compor com os aliados, o que levaria à necessidade de deixar as suplências de senador para outras siglas.

Rodrigo - Já fizemos esse tipo de avaliação, mas não vejo dificuldade nisso. Não existe, para mim, uma regra fixa de que o vice tem que ser de um partido, o candidato a governador de outro. Tudo isso depende muito da situação e o eleitor não está preocupado tanto com isso, se vice é homem ou mulher, se é do mesmo segmento ou não.





Fonte: A Gazeta

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