Municípios aproveitam campanha contra pólio para vacinar crianças contra gripe suína
A recomendação para que os municípios continuassem oferecendo a imunização contra o vírus H1N1 foi feita pelo Ministério da Saúde, que encerrou no início do mês a campanha de vacinação contra a doença, sem atingir a meta de imunização de dois grupos prioritários --de adultos de 30 a 39 anos e de crianças de 2 a 5 anos incompletos.
De acordo com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a continuidade da vacinação contra a gripe suína vem produzindo resultados significativos. "O vacinômetro [instrumento de medição usado pelo ministério] neste momento aponta 78,32 milhões [de doses da vacina aplicadas]. Significa que já vacinamos 41% de toda a população brasileira."
O ministro afirmou ainda que corresponde "a maior campanha realizada no mundo. Os Estados Unidos vacinaram 23%, os países da Europa, menos de 10%, o México, 20%. A estratégia é continuar orientando os municípios para buscarem a cobertura de no mínimo 80% de todos os grupos que são alvo dessa campanha.".
Segundo o Ministério da Saúde, não existe risco para as crianças que vão tomar duas ou mais vacinas no mesmo dia. Mas a recomendação é que os pais ou responsáveis procurem um médico se tiverem dúvidas.
Pólio
Para essa primeira etapa da vacinação contra a poliomielite, realizada hoje, o Ministério da Saúde disponibilizou cerca 24 milhões de doses para a campanha, que ocorre em todo o país. A meta do governo é imunizar pelo menos 95% das crianças, que são 14,6 milhões. A segunda dose da vacina será aplicada no dia 14 de agosto.
Desde 1989 o Brasil não registra nenhum caso, mas ainda existe o risco de reintrodução dos poliovírus selvagens, de casos importados de países em que a doença é endêmica.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), 26 países ainda registram casos de poliomielite, sendo quatro deles endêmicos: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão. Em razão disso, a OMS recomenda que todos os países livres da doença se mantenham em vigilância.
A poliomielite é uma doença viral aguda em que 99% dos casos podem não apresentar sintomas e aproximadamente 1% desenvolve a forma paralítica. Febre, mal-estar, cefaleia, distúrbio gastrintestinal e rigidez de nuca, acompanhada ou não de paralisia, fazem parte do quadro clínico.
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