O técnico Ricardo Gomes tem uma arma importante para dar sequência às boas atuações no Campeonato Brasileiro. Com a variação tática, que permite à equipe uma mudança entre os esquemas 3-5-2 e 4-4-2, a aposta do treinador são-paulino é surpreender quem enfrenta o time do Morumbi.
Quando chegou ao São Paulo, em junho de 2009, Ricardo Gomes insistiu em utilizar o esquema com apenas dois zagueiros, ao qual o elenco não estava acostumado. Com as más exibições da equipe, se viu forçado a voltar ao 3-5-2, tática adotada por Muricy Ramalho durante os três anos anteriores.
Agora, o técnico são-paulino parece ter conseguido colocar em harmonia uma variação entre os dois esquemas. Para isso, o papel de Richarlyson foi fundamental. O jogador, que já atuou como volante e lateral no clube, serve, desta vez, como o coringa entre os titulares. Durante as partidas, costuma iniciar entre o trio de zaga, pela esquerda. Conforme a bola rola, o polivalente passa ao meio de campo, exercendo o papel de volante, o que libera as investidas ofensivas de Hernanes, agora atuando mais à frente da linha de volantes.
"Gosto de ter um dos zagueiros que seja capaz de jogar no meio. Dessa maneira, sem substituir, consigo variar. Pode ser uma tendência", comentou Gomes, após a vitória contra o Grêmio no último domingo, pelo Campeonato Brasileiro.
Obviamente, a "mutação" no esquema tático não é certeza de vitória para o Tricolor. Entretanto, torna-o um adversário imprevisível e mais difícil de ser superado.
Além da mudança defensiva, Ricardo Gomes tem trocado o ataque. Marlos, meia de origem e responsável pela ligação com Dagoberto e Fernandão, também atua mais na frente. Pelos lados, reveza com o camisa 25, que faz função parecida, com mais liberdade.
"Mas também tenho de marcar. Minha função é mais a de passar, mas é bom fazer gols", afirmou Marlos. No entanto, o camisa 16 não tem balançado redes este ano. Até agora, em 24 confrontos, um gol (no Campeonato Paulisto).
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