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Policia MT
Sábado - 12 de Junho de 2010 às 01:03
Por: Naíla Albuquerque

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Naíla Albuquerque/DR
Ontem, delegados concederam coletiva sobre caso, mas não esclareceram relação de agentes com crimes
Ontem, delegados concederam coletiva sobre caso, mas não esclareceram relação de agentes com crimes

A Polícia Civil prendeu ontem cinco investigadores que pertencem à Delegacia Regional de Rondonópolis por suspeita de envolvimento com uma quadrilha especializada no roubo de defensivos agrícolas. A quadrilha também é acusada de um homicídio ocorrido em 2008. Os policiais teriam favorecido o grupo com informações, ou ocultado dados durante as investigações.

A Corregedoria Geral da Polícia Civil iniciou a apuração do caso no final de 2008 e ontem a prisão provisória foi cumprida. Policiais do Grupo de Operações Especiais (Goe) de Cuiabá participaram da prisão de Márcio Ferreira e Josivaldo Brígido de Barros (Caveirinha), ambos lotados em Poxoréu; Márcio Henrique Alves (o Cicatriz) e Marcos Maciel de Oliveira (Marcão), de Rondonópolis, além de Jeferson Silva de Souza (Jefão), de Guiratinga. Eles foram trazidos para a Polinter, na Capital.

O diretor de Interior da Polícia Civil, delegado Jales Batista, enfatizou que as investigações vinham sendo realizadas há um ano e meio, quando a chefia do Cisc repassou à Delegacia Regional a suspeita da participação de investigadores em eventuais crimes. Diante da denúncia, a Regional comunicou os fatos à Corregedoria.

Os cinco policiais, que foram presos em municípios distintos, atuavam em Rondonópolis quando ocorreu o homicídio de Leopoldo Luiz Jegorski, de 46 anos, na região do Campo Limpo, por envolvimento com roubo de defensivos. O crime foi no dia 28 de outubro de 2008. Os investigadores estavam lotados na Delegacia de Crimes contra o Patrimônio (Depatri) do município à época.

De acordo com as investigações da Corregedoria, pode haver alguma ligação dos policiais com a quadrilha de roubo de defensivos, que seria a responsável pelo assassinato. “Não sabemos muitos detalhes sobre as denúncias contra os policiais, porque a investigação é de competência da Corregedoria, e não questionamos os trabalhos que vêm sendo realizados, até mesmo devido ao sigilo que esse tipo de ação requer”, comentou Jales.

Os presos temporários estão à disposição do Judiciário de Rondonópolis e ainda será instaurado o procedimento administrativo. “Ainda estão verificando a veracidade das denúncias e tudo deve ser esclarecido dentro de 30 dias, prorrogáveis por mais trinta dias, como permite a prisão temporária”, disse o diretor de Interior.

Quem está presidindo o inquérito policial é o delegado Flávio Henrique Estrigueta e o processo administrativo está a cargo do corregedor-geral, Gilmar Carneiro.

Conforme as especificações de Jales Batista, o que deu margem à abertura do inquérito sobre a conduta dos policiais foi o homicídio de Leopoldo, que abriu para “um leque de outros crimes”. Administrativamente, os policiais estão afastados das atribuições devido à prisão. Conforme a gravidade dos crimes verificados, eles podem ser afastados.

OUTRO CASO – A polícia acredita que a prisão dos investigadores pode ajudar a esclarecer o desaparecimento de três homens no início do ano passado, moradores da região da Vila Operária, em Rondonópolis. Trata-se do auxiliar agrícola Valdir Carlos Silva dos Reis, de 29 anos, o pedreiro Joglas Jarel Armini Franco, de 28 anos, e o mecânico Amilton Bender, de 26 anos. Eles sumiram num Fiat Uno, de cor vermelha, com placa de Rondonópolis, que foi localizado posteriormente todo queimado em uma estrada vicinal próxima à Primavera do Leste. Os homens não foram encontrados, mas ventilou-se o envolvimento deles com crimes de roubo e furto de defensivos agrícolas.






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