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Sexta - 11 de Junho de 2010 às 21:47
Por: Jardel Arruda

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O presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargador Rui Ramos, exonerou todos os servidores de cargos de confiança da gestão do presidente licenciado desembargador Evandro Stábile e ainda devolveu aos órgãos de origem todos aqueles que eram cedidos.

“Os cargos de confiança são de confiança. Agora sou o presidente, entra o meu pessoal. (...) Troquei todos os cargos estratégicos, todos”, ratificou o desembargador, em entrevista coletiva no gabinete da presidência do TRE, no inicio da noite desta sexta-feira (11). “Podem conferir. Diretor geral e tudo mais”, reforçou.

Segundo o desembargador, além de ter efetuado a troca de servidores nos cargos de confiança, todos os servidores que estavam cedidos por outros órgãos, cujo substituto foi encontrado dentro do próprio TRE, foram devolvidos aos órgãos de origem. “Quem é do TJ nós devolvemos, das Zonas Eleitorais e também de outros órgãos”, frisou.

Entretanto, questionado sobre o número exato de funcionários ‘devolvidos’, Rui Ramos afirmou não saber com exatidão.

A atitude do desembargador pode ser uma busca para afastar do TRE as denúncias de nepotismo e de ‘cabide de emprego’. Além do que, servidores daquela corte eleitoral também são citados nas investigações do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre um suposto esquema de vendas de sentenças.

O inquérito, cuja relatoria cabe à ministra do STJ Nancy Andrighi, já ocasionou o desencadeamento da Operação Asafe pela Polícia Federal. Na ocasião, diversos advogados e parentes de magistrados foram presos, preventivamente, sob suspeita de estarem envolvidos no esquema de venda de sentenças. Alguns mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa de dois desembargadores aposentados.

Dias depois, o Olhar Direto denunciou o então presidente do TRE, Evandro Stábile, por ter comprado um apartamento com dinheiro supostamente conseguido com vendas de sentenças, cujo responsável pelo pagamento das parcelas seria o juiz eleitoral Eduardo Jacob.

Em meio a mais denúncias e pressão da sociedade organizada e dos outros membros do TRE-MT, Stábile e Jacob se viram obrigados a pedir afastamento voluntário. O primeiro ingressou em férias no início de junho para tentar afastar-se do epicentro do caso, mas acabou por enviar um pedido de afastamento, juntamente com Eduardo Jacob, no dia 8 de junho.

Jacob, inclusive, alegou inocência e prometeu retornar ao TRE de cabeça erguida. Ele afirmou que levaria um ‘calhamaço’ de provas para a ministra Nancy, as quais comprovariam sua idoneidade. Ele, assim como Stábile, foi ouvido pela ministra na quinta-feira (10).






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