Se não houver acordo até o próximo dia 21, Brasília poderá impor a produtos e propriedade intelectual dos EUA sanções calculadas em até US$ 830 milhões (R$ 1,48 bilhão).
O embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, principal negociador do país na disputa, afirmou à Folha que "não se chegou a uma conclusão satisfatória para nenhum dos lados" neste encontro final.
Não estão previstas novas reuniões ao vivo, mas segundo Azevedo os dois lados provavelmente ainda conversarão por telefone antes da próxima quinta-feira. Nesta data o Brasil tomará uma decisão sobre as sanções em uma reunião de ministros na Camex (Câmara de Comércio Exterior).
A retaliação foi avalizada pela Organização Mundial do Comércio após mais de sete anos de disputas entre Brasil e os EUA.
Deveria ter começado em abril, mas foi adiada primeiro em duas semanas e depois em dois meses para que, a partir de um aceno americano com medidas paliativas, os dois países fechassem um acordo definitivo.
O ponto crítico para o Brasil é um compromisso de mudança na lei agrícola americana --a Farm Bill-- em 2012. Isso ainda não aconteceu.
Consultado, o escritório americano para o Comércio (USTR) não quis comentar.
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