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Sexta - 09 de Agosto de 2013 às 08:14

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As críticas ao secretário estadual de Educação, Ságuas Moraes (PT), por conta do pregão que destinou R$ 7,7 milhões a serviços de buffet gerou uma situação inusitada na Assembleia Legislativa. Conhecido por sua postura “rebelde”, contrária ao próprio partido, o deputado estadual Ademir Brunetto (PT) saiu em defesa do gestor. 


 
Da tribuna, durante a sessão de ontem, Brunetto disse que o correligionário já tentava visitar a AL há algum tempo e que o encontro sempre acabava postergado pelos próprios parlamentares. 


 
“Surgiram comentários maldosos. A licitação que ocorreu foi para atender a programas de qualificação que vão ocorrer durante todo o ano”, completou. 


 
O próprio Ságuas usa este argumento para justificar a licitação. Segundo ele, o processo é repetido todos os anos. A única diferença estaria no fato de que esta é a primeira vez que a Seduc solicita uma tomada de preços exclusiva para si. 


 
“A Secretaria de Administração sempre tinha um pregão pronto, mas este ano não, por isso, solicitamos um. Mas isso é feito sempre, com valores até maiores”, diz. 


 
O secretário pontua ainda que o recurso é federal e tem destinação ao programa de formação continuada dos professores, uma iniciativa que envolve, além da alimentação, o deslocamento e hospedagem dos profissionais. 


 
“Essas atividades são oferecidas ou na Capital ou em cidades-pólo. Isso gera gastos com deslocamento, hospedagem e alimentação. Essa licitação não é para buffet, é para alimentação em geral. Envolve café da manhã, almoço e jantar”, defende. 


 
Ságuas ainda rebateu as críticas de que o valor seria muito alto para o fim a que é destinado afirmando que, com a modalidade de pregão realizada, apenas o que for consumido será pago. 


 
Sobre a possibilidade de implantação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a legalidade do certame, ele avalia que não deve prosperar. “Já fui deputado e sei como funciona. Uma CPI só existe quando há um processo irregular e este não é o caso”. 


 
Ele também rebateu a hipótese de substituição do PT no comando da secretaria afirmando que o partido tem conquistado resultados positivos desde que assumiu o posto. Entre os exemplos ele cita a reforma de 90% das escolas estaduais e a conquista de verbas do governo federal para investimentos no Estado. 


 
“Sempre achei que é preciso, de fato, estamos em constante renovação, mas se fizermos um balanço, vamos ver que as coisas evoluíram. Se for mudar para melhor, por que não? Mas quem seria este melhor? Acho que antes de falar de composição de governo, estas pessoas precisam avaliar o que tem sido feito”. 





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