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Sem abrigo, vítimas convivem com agressor
Crianças e adolescente vulneráveis no interior de Mato Grosso sofrem com a falta de casas de amparo e abrigos. A escassez de locais específicos faz com que os menores tenham que continuar a convivendo com o agressor.
Conforme o relatório "Um Olhar Mais Atento aos Serviços de Acolhimento de Crianças e Adolescentes no País", divulgado pelo O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), nesta quinta-feira (8), existem em Mato Grosso 65 instituições, porém a grande maioria está localizada na Capital.
De acordo com a coordenadora Comissão Interestadual do Centro-Oeste para Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes (CIRCO), Dilma Camargo, o sistema todo de acolhimento tem que ser revisto. Ela afirmou que o atual modelo não consegue dar a resposta necessária e muitas crianças ficam desamparadas. “Temos que tentar recuperar não apenas os menores, mas as famílias também. Elas precisam ser trabalhadas de uma forma a aprender o significado da afetividade. Uma política pública também deve ser pensada para o interior, onde a situação é mais delicada pela falta de espaços”.
Segundo o relatório, as crianças costumam sofrer mais de um tipo de violência. Os principais motivos pelo acolhimento dos menores em 2012 foram negligência, dependência química dos pais, abandono, violência doméstica ou sexual. (GN)
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
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