Em entrevista ao R7 após a convenção, candidata fala do desafio de sair do terceiro lugar
Marina aposta na cobertura da imprensa e internet para crescer nas pesquisas
Com intenções de voto entre 8% e 12% segundo as últimas pesquisas, a candidata à Presidência do PV, Marina Silva, diz agora confiar na cobertura da imprensa e na mobilização pela internet para crescer e se aproximar dos adversários Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), ambos empatados com 37%.
O Partido Verde considera junho e julho meses cruciais para Marina subir nas pesquisas, já que em agosto começa o a propaganda dos candidatos na TV. Nos programas, ela terá tempo bem menor que a petista e o tucano.
Em uma curta entrevista exclusiva ao R7 após a convenção que sagrou sua candidatura nesta quinta, Marina também voltou a cobrar que os outros candidatos se manifestem sobre a preservação ambiental, sua principal bandeira, e falou sobre a participação do empresário Guilherme Leal como candidato a vice em sua chapa.
R7 - Qual a estratégia para esse início de campanha, enquanto ainda não começa a propaganda de TV, quando a senhora estará em desvantagem?
Marina Silva - Se eu contar minha estratégia, deixa de ser uma estratégia. Nós estamos investindo na democracia em primeiro lugar, que a mídia possa fazer a cobertura com toda equidade para todos os candidatos. Esse é nosso maior investimento, é na democracia. E que a cobertura seja equânime para todos os candidatos. E as alternativas das mídias sociais, dos encontros entre jovens das diversas naturezas.
R7 - A senhora ontem reforçou a crítica à revisão do Código Florestal, em tramitação na Câmara. Já é o momento da pauta ambiental entrar no debate?
Marina Silva - Para mim esse esforço está dado desde que virei senadora da República, quando lutamos contra todas as tentativas de mudar o Código Florestal no Congresso, que nunca permiti. Para mim é só a continuidade da luta. Agora, é claro que os demais candidatos terão que se manifestar, sob pena de serem considerados coniventes ou omissos com essa aberração.
R7 - A participação do empresário Guilherme Leal como vice na chapa deve conseguir mais financiamento para a campanha, com custos estimados em R$ 90 milhões?
Marina Silva - Não é só para conseguir financiamento. Ele não pode ser reduzido a isso. A participação dele é pela contribuição que dá por ser um empresário próspero, mas com responsabilidade social e ambiental. De quem tem uma trajetória de 20 anos criando instituições como o Instituto Ethos, participando do movimento pela educação.
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