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Educação/Vestibular
Quinta - 10 de Junho de 2010 às 21:47

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Cansados de participarem de negociações sem resultados, os trabalhadores da educação de Jauru, a 463 km de Cuiabá, vão paralisar as atividades, amanhã (11). O ato será marcado com uma marcha pela cidade e assembleia geral em frente ao prédio da prefeitura municipal.

A categoria reivindica alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), que foi encaminhado à Câmara Municipal sem ter sido discutido com os profissionais. A possibilidade de greve por tempo indeterminado não está descartada. “Isso é um desrespeito conosco e a radicalização do movimento vai ser inevitável caso não haja um acordo”, protestou a secretária adjunta de Políticas Sociais do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Edina Martins de Oliveira.

Os trabalhadores também buscam a implantação do maior “piso possível”, que deve ser resultado de estudos realizados pelo Sindicato, em conjunto com o Poder Executivo. Apesar de diversas rodadas de negociação, não houve avanço em nenhuma das reivindicações. No dia 25 de junho, em reunião realizada com o secretário municipal de Educação, Carlos Lucatto, foram observadas todas as adequações necessárias ao PCCS, mas o prefeito (e também presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Pedro Ferreira de Souza, manteve o texto inicial, que seria votado no dia 31 de maio.

Inconformados, os profissionais da educação organizaram uma manifestação na sessão da Câmara, impedindo, desta forma, a votação do projeto. “Tal atitude ignorou todo o diálogo feito até o momento e demonstra autoritarismo e desrespeito com a categoria”, considerou a sindicalista. Após a manifestação, uma nova reunião foi marcada para o dia 08 de junho. “Mas, o contador da prefeitura (que não presta serviço somente a uma prefeitura na região) diz não ser possível nenhum avanço quanto ao piso salarial, visto que a prefeitura já está no limite de gastos com pessoal”, relatou.

Avesso às Leis - De acordo com ela, o posicionamento dos gestores demonstra que eles desconhecem as Leis 11.738 e 12.014, que dispõem, respectivamente, sobre o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) e o reconhecimento dos funcionários de escola como profissionais da educação. “Eles alegam que não podem enquadrar os servidores na carreira da educação, pois não são servidores da administração”. O que a categoria solicita, frisa ela, é somente o cumprimento das Leis.






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