Silval inicia ofensiva para atrair DEM e admite oferecer vaga de vice

O governador e pré-candidato a reeleição Silval Barbosa (PMDB) anunciou nesta quinta-feira, durante solenidade de inauguração do Parque Ambiental Bernardo Berneck, que irá retomar as articulações para poder contar com apoio do DEM. Silval lembrou que já apoiou os principais líderes do DEM no Estado, Júlio e Jaime Campos, e que o partido fez parte do arco de alianças nas eleições de 2002 e 2006.

“Existe uma afinidade entre nosso grupo e o DEM. Fiz um convite hoje ao ex-governador Júlio Campos para somar conosco”, disse o governador.

Para Silval, nem mesmo a sinalização do DEM de apoiar a candidatura do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB), o impede de conversar com o partido. “Em política tudo é possível e muita coisa pode acontecer até as convenções no dia 26”, observou.

Silval admitiu, inclusive, oferecer a vaga de vice para atrair o DEM. “A vice está em aberto e vou conversar com todos os partidos”, apontou. Silval disse que ainda irá discutir com aliados a indicação do vice, mas reiterou o desejo de que o companheiro ou companheira de chapa tenha base na Baixada Cuiabana.

Silval afirmou que vem trabalhando para repetir a coligação vitoriosa de 2006. Ele disse ainda que manterá diálogo com PSB e PDT. “As conversas são públicas e fazem parte do exercício democrático. É algo inerente a política”, assinalou.

Exonerações

O governador ainda comentou sobre as exonerações de Paulo Roberto Francisco da Silval, Edson Monfort de Albuquerque, Nelson Correia Viana, que ocupavam cargos de segundo escalão na Secretaria de Administração. Para ele, as alterações são consideradas naturais. “O governo é funcional e ninguém deve se perpetuar nos cargos”, avaliou.

Outras mudanças devem acontecer na equipe de Secretaria de Infraestrutura. Devem ser exonerados o secretário adjunto Alexandre Mello, e o secretário adjunto de Gestão Ezequiel Silva, que participaram das licitações para compra de máquinas superfaturadas em R$ 45 milhões.

Questionado sobre as mudanças na Sinfra, Silval foi categórico. Ele disse que o secretário Arnaldo Alves tem autonomia para decidir quem mantém ou demite na pasta.