MT exporta 15% da carga gerada
Atualmente, Mato Grosso exporta 15,8% da produção energética e 1,8% do que é consumido é importado de outros Estados, principalmente no período de seca e altas temperaturas (entre agosto e outubro). Isso ocorre porque a produção fica comprometida com a redução dos recursos hídricos. Porém, o problema seria solucionado caso a usina termelétrica Mário Covas fosse reativada. Paralisada desde agosto de 2007, a térmica não retorna as atividades porque a Bolívia cancelou o envio do gás natural.
No último dia 2, o secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf disse que em 10 dias o país vizinho poderia decidir se permite ou não que a Petrobras venda parte do gás que compra para Mato Grosso. "Quando a usina interrompeu as atividades, a Eletronorte precisou ampliar a capacidade da subestação do Coxipó, na Capital, para suprir a demanda energética da baixada cuiabana", conta o gerente do departamento de operações de sistema da Rede Cemat, Teomar Magri.
O presidente da Empresa Pantanal Energia (EPE), que administra a térmica, Fábio Garcia, ressalta a importância da reativação da usina. "As principais vantagens seriam o fim de pequenos problemas de abastecimento que ainda acorrem na baixada cuiabana e abastecimento a Mato Grosso durante o ano inteiro, além da regularização do fornecimento de gás natural". Garcia também comenta que a planta tem capacidade para suprir 70% da demanda estadual.
Quanto ao posicionamento da Bolívia, Garcia revela que não há novidades, mas que uma reunião com o governador Silval Barbosa deve ser agendada nos próximos dias para acompanhar as negociações entre Petrobras e Bolívia. "Ainda não temos a resposta, mas em breve isso estará resolvido".
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