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Quinta - 10 de Junho de 2010 às 08:42
Por: Pollyana Araújo

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Evandro Stábile é citado em várias gravações da Polícia Federal
Evandro Stábile é citado em várias gravações da Polícia Federal

Relatório assinado pela ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, que sustentou a deflagração da operação Asafe, confirma o envolvimento de 7 magistrados no esquema de venda de sentenças no Judiciário de Mato Grosso. São citados Evandro Stábile, desembargador do Tribunal de Justiça e presidente afastado do Tribunal Regional Eleitoral; os também desembargadores José Luiz de Carvalho; Donato Fortunato Ojeda, recentemente aposentado, e os juízes Círio Miotto e Eduardo Jacob, hoje licenciado da função, além dos ex-juízes eleitorais, Renato Vianna e Maria Abadia Aguiar.

Inquérito da Polícia Federal e interceptações de gravações telefônicas levaram a ministra a destacar no despacho, onde pede quebra de sigilos bancário e fiscal de parte dos suspeitos, que "finalmente as investigações apuraram o possível envolvimento de juízes e desembargadores do TJ-MT e membros atuais e antigos do TRE-MT" em venda de decisões judiciais. No documento que A Gazeta teve acesso, Stábile e Jacob aparecem nas escutas relacionadas ao processo da então candidata a prefeita de Alto Paraguai, Diane Alves (PR), sob o intermédio do marido dela, o ex-prefeito Alcenor Alves, e do filho do juiz Eduardo Jacob, que foi o relator do caso.

Já Stábille, conforme mostram as investigações inclusive com fotografias e filmagens, teria até mesmo se encontrado com Diane para tratar da suposta negociação e há indícios de que tenha levado vantagem indevida. Maria Abadia e Renato Vianna, a época juízes eleitorais, também são citados como participantes da negociação que em determinado momento retirou do mandato o prefeito eleito Adair José Alves Moreira, que mais tarde conseguiu reverter a decisão e retomar a função.

Além disso, o presidente licenciado do TRE também manteria relação próxima com a advogada Célia Cury, esposa do desembargador aposentados por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), José Tadeu Cury, e com o genro dela, que atuaria como sócio no esquema.





Fonte: A Gazeta

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