Entre os assassinados estão dois menores de idade, uma menina de 13 anos apenas, morta a golpes de pedra. Todos eram usuários de drogas
Traficantes matam três por dívidas com drogas na Grande Cuiabá
Em poucas horas três pessoas envolvidas com drogas - sendo dois adolescentes - foram assassinadas na Grande Cuiabá, possivelmente a mando de traficantes. Do total, duas vítimas foram executadas a tiros em Várzea Grande e uma foi morta a pedradas em Cuiabá. De nenhum dos três homicídios a polícia tem pista sobre os autores, mas em comum, o fato de todas as vítimas serem usuárias de drogas.
O último assassinato ocorreu ontem, por volta das 4 horas, na avenida principal do bairro Altos da Glória, na Capital. A adolescente Maksuellen Camila dos Santos, de 13 anos, foi assassinada com vários golpes de pedra na cabeça. A princípio, mais de uma pessoa teria praticado o crime.
O corpo da adolescente foi localizado atrás de um ponto de ônibus. Moradores que saíam para o trabalho depararam-se com o cadáver e acionaram a polícia. A mãe da menina, que mora nas proximidades, foi informada do assassinato e esteve no local. Ela relatou aos policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que sua filha não morava mais com ela há alguns dias e desaparecia durante semanas.
A mãe disse aos policiais que desconfiava do uso de drogas por parte da filha. Maksuellen morreu a cerca de 300 metros de sua casa. O local não apresentava sinais de luta, indicando que estaria com uma pessoa conhecida. Moradores próximos disseram aos policiais que ouviram alguns gritos, mas não deram importância, uma vez ser comum barulho durante a madrugada na região.
No entendimento dos policiais, teria ocorrido uma briga entre viciados que estariam, todos sob efeito de drogas, e um deles acertou uma pedrada na cabeça da vítima. Os policiais não descartam também a hipótese de a vítima ter dado “banho” (comprou e não pagou drogas) em algum traficante, que possivelmente acertou nela o primeiro objeto que encontrou pela frente.
Ontem de manhã, moradores do bairro que estavam no ponto de ônibus reclamavam da falta de segurança, principalmente no período noturno. Alegavam que, quando policiais militares faziam rondas, o número de roubos, furtos e tráfico era menor.
“Se a polícia continuasse fazendo rondas pelo bairro, com certeza teria evitado esse crime, pois ocorreu num lugar aberto e na avenida principal, onde a viatura iria passar”, lamentou um morador que reside há mais de 10 anos no bairro.
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