Rita Stefanny de Oliveira Ribeiro deu entrada no hospital em 26 de janeiro com dores no abdômen. No dia seguinte foi submetida à cirurgia. A jovem saiu do hospital em 12 de abril sem mexer pernas e braços. Ela também não fala e se alimenta por líquidos oferecidos em seringas.
De acordo com a família, o hospital dizia que o estado da jovem foi provocado por uma infecção generalizada, mas não permitia o acesso ao prontuário médico da paciente.
A mãe, Inalécia de Oliveira, 36, diz que de abril até junho procurou o hospital para ter acesso ao prontuário médico.
Ela queria informações para dar continuidade ao tratamento domiciliar e também consultar hospitais de São Paulo e Brasília --onde estão uma irmã e uma sobrinha de Inalécia-- para ver o que seria mais adequado à recuperação.
Segundo Inalécia, o hospital só entregava exames de sangue e urina da paciente e alegava que estava providenciando os demais.
A demora motivou a mãe a procurar a Associação de Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul.
O presidente da associação, Valdemar Morais de Souza, procurou o Ministério Público para que o órgão pedisse que o hospital fornecesse o prontuário médico.
Só então a família teve acesso ao documento, de 800 páginas.
De acordo com Souza, as informações médicas serão analisadas para saber se houve erro médico ou imperícia.
Em nota, o hospital informou que está apurando o caso, mas só se pronunciará após o recebimento de uma notificação oficial.
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