A imposição do PT nacional para que o partido em Minas apoie Hélio Costa (PMDB) para o governo causou a primeira baixa: o PR. O partido, que estava acertado com o PT, não apoiará a candidatura do peemedebista e deve liberar seus deputados para se coligarem com o PSDB.

Em nota, o presidente do PR mineiro, empresário Clésio Andrade, anunciou que desistiu de sua pré-candidatura ao Senado. Ele disse que vai propor na convenção que os filiados fiquem liberados para apoiar Costa ou a reeleição do governador Antonio Anastasia (PSDB) e que nas eleições proporcionais (deputados federais e estaduais) se coliguem com o PSDB.

A próxima baixa da aliança PMDB-PT em Minas deverá ser anunciada nos próximos dias, após o encontro nacional do PSB. Com a saída de Pimentel da disputa, o partido no Estado, que tem como principal liderança o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, deverá anunciar apoio a Anastasia.

Lacerda foi eleito com o apoio de Pimentel e Aécio Neves, o ex-governador tucano que em 2008 conduziu o PSDB ao apoio informal à aliança PT-PSB.

Mas ao contrário do PR, o PSB não fará alianças para a chapa proporcional. Vai com chapa própria. No caso do PR, os deputados já vinham insistindo para que a aliança fosse prioritariamente com os tucanos, mas Clésio insistiu sempre em fechar com o PT.

A aliança na chapa proporcional com o PSDB, porém, é o primeiro passo para os filiados do PR anunciarem o apoio a Anastasia.

Na nota, o empresário e presidente da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) diz que no plano nacional segue a orientação do partido e apoia a petista Dilma Rousseff para presidente. Dessa forma, poderá se configurar no PR o "Dilmasia" --apoio à petista e ao tucano Anastasia.

Enquanto vê potenciais apoios irem embora, Costa continua esperando que o ex-ministro Patrus Ananias aceite ser vice na sua chapa, uma forma de tentar atrair a militância petista para a sua campanha. Ele começou a fazer elogios a Patrus.

No entanto, pelo Twitter, Patrus disse mais uma vez que sua primeira opção é não disputar a eleição para nenhum cargo. Alguns petistas mineiros acham que somente o presidente Lula poderá convencê-lo a aceitar a missão.