Lula disse que está disposto a fazer "qualquer coisa" para impedir o retorno da inflação ao Brasil e evitar que uma alta dos preços possa estragar o "momento excepcional" vivido pela economia brasileira.
O presidente admitiu inclusive que, para evitar a inflação, poderia adotar medidas impopulares, em plena época de campanha para as eleições presidenciais de outubro.
"Não permitirei que o processo eleitoral prejudique o que está ocorrendo no Brasil. [...] Vamos manter a estabilidade econômica. Estou disposto a controlar a inflação, [...] farei qualquer coisa para que a inflação não volte", disse.
PIB
"Trata-se de algo muito importante [o crescimento da economia], mas temos que tratar isso com muita humildade e não sair por aí tocando tambores, mas seguir trabalhando com seriedade", afirmou Lula, em discurso pronunciado em um ato público em Natal.
O governo informou ontem que o PIB (Produto Interno Bruto) do país cresceu 9% no primeiro trimestre em comparação com os três primeiros meses do ano passado, em sua maior expansão para o período nos últimos 16 anos.
O ministro da Fazenda Guido Mantega reconheceu que para os próximos meses é esperada uma desaceleração devido à incapacidade do Brasil de seguir crescendo a um "ritmo chinês".
Segundo Mantega, o mais provável é que o Brasil feche o ano com um crescimento de entre 6% e 6,5%, enquanto analistas consideram que a forte expansão da economia pode pressionar a inflação, já que a capacidade produtiva do país não terá condições de atender a essa crescente demanda.
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