Valtenir e Mendes selam a paz e firmam pré-acordo
Após muita polêmica, trocas de acusações e farpas, o presidente regional do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, e o empresário Mauro Mendes (PSB), pré-candidato ao governo do Estado, parecem ter chegado a um denominador comum, fumaram o tradicional “cachimbo da paz” e selaram um pré-acordo que poderá viabilizar, enfim, o projeto do Movimento Mato Grosso Muito Mais.
As condições do pré-acordo, segundo apurou o Olhar Direto, serão discutidas ponto a ponto por emissários de ambas as lideranças e deverão confirmar as candidaturas de Mendes para governador e de Valtenir para deputado federal. O encontro está marcado para o final da tarde desta quarta-feira (9), em Brasília. O emissário de Mendes desembarcou na capital federal no meio da manhã e seguiu direto para o encontro com os interlocutores do parlamentar, segundo fontes ligadas a ambos os líderes.
Se confirmado, o acordo põe fim a este longo período de hostilidades e viabiliza aos eleitores mato-grossenses a terceira via, numa eleição que poderia ficar polarizada entre o governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-prefeito Wilson Santos (PSDB).
O racha no partido durou quase dois meses e teve início logo após a ida de Mendes para o partido, em setembro do ano passado. Aliás, foi o próprio Valternir o grande incentivador da filiação do empresário, que conseguiu viabilizar seu projeto com apoio da executiva nacional, mas passou a enfrentar resistência em nível regional.
A crise foi agravada nesta semana com a proximidade das convenções e devido o forte assédio feito pelo grupo do governador Silval Barbosa (PMDB) a Valtenir Pereira, inclusive com a oferta da vaga de vice e duas secretarias adjuntas para o PSB.
Mendes não recuou, bateu de frente com o parlamentar, chegando a insinuar de que estavam tentando comprar a sigla, num jogo de retórica. Em seguida, ele foi buscar respaldo para sua candidatura com os demais partidos do Movimento Mato Grosso Muito Mais, que dependem do empresário para seguir com seus planejamentos.
Isso porque, PDT e PV devem indicar os nomes para a disputa ao Senado, muito embora o PPS ainda enfrente forte desgaste para seguir com apoio ao socialista. O PDT, apesar do tranco dado pelo presidente regional da sigla, deputado estadual Otaviano Pivetta, em alguns líderes rebeldes, ainda segue rachado e, como de praxe, ainda pode dar problemas na amarração final.
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