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Quarta - 09 de Junho de 2010 às 09:07
Por: Caroline Rodrigues

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Dois trabalhadores da construção civil morreram ontem em Cuiabá vítimas de acidentes. José de Jesus, 45, caiu do 4º andar de um edifício no bairro Baú e Edson Gonçalo da Penha, 51, do 7º andar de um prédio localizado no Jardim Petrópolis. No ano passado 8 pessoas morreram em canteiros de obra em Mato Grosso. Neste mesmo período, foram registrados 414 acidentes em todo o Estado no setor.

José de Jesus estava em cima da laje quando passou mal. Ele tentou escorar em uma parede de 80 centímetros, recém levantada, mas a estrutura cedeu e ele caiu.

Valdomiro Severino da Silva estava junto com a vítima e conta que ela chegou no trabalho reclamando de dores no peito. Depois de ficar parado por alguns minutos, disse que tinha condições de trabalhar e foi para a laje, onde aconteceu o acidente. Era o primeiro dia de José, que é carpinteiro, na obra. A empresa ainda não tinha feito o registro do funcionário.

O segundo caso foi no bairro Jardim Petrópolis. Edson Gonçalo caiu de um edifício e foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Pronto-Socorro de Cuiabá. Ele chegou no local sem vida e foi levado direto para o necrotério da instituição.

Os corpos foram encaminhados para o Instituto de Medicina Legal (IML), onde foi realizada a necropsia. Eles morreram do choque causado pela queda. Os casos são investigados pela Polícia Civil.

Fiscalização - A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) enviou auditores ao local dos acidentes para analisar o ambiente de trabalho. O resultado da vistoria vai dizer se as construtoras têm responsabilidade nas mortes.

O superintendente do SRTE, Valdiney Arruda, disse quando acontece um acidente dentro da área de trabalho, o órgão é acionado. Ele esclarece que mesmo sem ter o registro profissional, o que prevalece são as relações de trabalho. O registro, no caso do trabalhador que morreu e não estava legalizado, pode ser feito posterior ao óbito. Todos direitos da família ficam garantidos.

Outro lado - O engenheiro Wilson de Oliveira, responsável pela obra no bairro Baú, disse que a empresa já está prestando assistência para família e tomará todas providências necessárias depois do enterro.





Fonte: A Gazeta

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