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Quinta - 08 de Agosto de 2013 às 17:09

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O presidente em exercício da Assembleia Legislativa (AL), deputado estadual Romoaldo Junior (PMDB), que recentemente entregou o cargo de líder do governo depois de exercê-lo por três anos. Hoje, ele considerou que o novo bloco em vias de ser criado na AL, com discurso de independência, “não é oposição, mas assusta”, sendo que ressaltou que este bloco é reflexo da insatisfação dos parlamentares com os rumos da gestão Silval Barbosa (PMDB).


 
Romoaldo considera que um grupo com dez parlamentares é forte, e que mesmo não sendo oposição, assusta. O deputado Walter Rabelo (PSD) está no centro das articulações para criar o bloco que seria composto pelos deputados do PSD, incluindo José Riva, Aírton Português, Zé Domingos Pátio, Gilmar Fabris e Pedro Satélite, além de Guilherme Maluf (PSDB), Luiz Marinho (PTB), Antônio Azambuja e Ezequiel Fonseca, ambos PP.


 
Com posicionamento de que o grupo busca independência e autonomia para debater questões importantes, mas sem partir para o campo da oposição, o bloco não chegou a ser anunciado oficialmente. O PP já havia rompido, recentemente com o governo, após não ter sido atendido o pedido de exoneração do atual secretário de Saúde, Mauri Rodrigues, indicado pela própria sigla. Já o PSD estava dando mostras da insatisfação perante a falta de diálogo e engessamento da gestão pública, referente à doutrina orçamentária do governador, que mantém a risca a determinação de corte nos custos para diminuir o déficit de R$1 bilhão.


 
Para Romoaldo, um grupo dito independente com dez parlamentares possui mais força ao pleitear junto ao governo. “O governador deve atender todos os parlamentares, até os que são de oposição, e ele é mais receptivo do que os seus secretários, porque é tático, atende e encaminha. Agora, tem secretário que acha que é estrela”, criticou.


 
O presidente da AL, havia entregado o cargo de líder por divergências com o secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, que não deu respaldo às ações do governo na Casa de Leis, dificultando o trabalho de articulação do deputado. Outro ponto de críticas é referente a não liberação das emendas.


 
No entanto, Romoaldo reitera que as divergências não são em torno apenas das emendas. “Poucos os secretários que vão ao interior e conhecem a realidade dos municípios, não sabem como o está o próprio governo. Então todos estes pontos levam a criação de um bloco que reflete a insatisfação dos parlamentares com a atuação do governo. Eu estarei sempre apoiando o governo, mas também desejo que o mesmo acerte e apresente respostas rápidas. Não são apenas as emendas, são os requerimentos que não são respondidos, é a falta de diálogo”, explicou.


 
Além disto, o deputado ressaltou também o engessamento financeiro da gestão, que também causa desgaste entre Legislativo e Executivo. “A questão financeira também engloba esta insatisfação. Mas, se as Secretarias tivessem a habilidade do governador em atender, o problema teria outro viés, mas também é preciso lembrar que o clima eleitoral aqueça o debate”, considerou.





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