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Cidades/Geral
Terça - 08 de Junho de 2010 às 07:58
Por: Jean Campos

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A Polícia Federal pretende finalizar ainda nesta semana a fase de oitivas com os investigados na operação Asafe, que desarticulou suposto esquema de venda de sentenças no Judiciário mato-grossense.

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Carlos Eduardo Fistarol, 65 pessoas de um total de 70 prestaram depoimento até ontem. As oitivas já realizadas foram encaminhadas à ministra Fátima Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que conduz o inquérito sob segredo de Justiça. Informações dão conta de que dois acusados já estariam cooperando com as investigações.

Magistrados envolvidos na suposta prática ainda não foram intimados pelo STJ para prestarem depoimento. O inquérito mostra que foram investigados o presidente do TRE, Evandro Stábile, e pelo menos outros três outros magistrados.

Nesta semana deve ser ouvida novamente na PF a dona-de-casa Ivone Reis Siqueira, citada nas investigações como figura central no esquema, ao lado de Célia Cury - esposa do desembargador José Tadeu Cury, aposentado após envolvimento em suposto desvio de recurso do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) para uma cooperativa de crédito ligada à maçonaria.

Depoimentos já prestados complicam a situação de Ivone Reis, que, conforme revelou o Diário, também foi investigada por envolvimento na tentativa de desvio ilegal de altos valores depositados em contas de pessoas possivelmente mortas. A defesa da dona-de-casa, feita pelo advogado Murilo Costa Mello, disse que, no momento, ela não irá se pronunciar.

No último dia 18, a Polícia Federal cumpriu nove mandados de prisão e 30 de busca e apreensão em residências e escritórios de advogados, desembargadores e juízes.

Foram presos durante a operação Asafe a esposa do ex-desembargador José Tadeu Cury, a advogada Célia Cury; os advogados Rodrigo Vieira e Alessandro Jacarandá; o ex-prefeito de Alto Paraguai, Alcenor Alves de Souza; o empresário Cláudio Emanuel Camargo e o ex-chefe de gabinete de José Tadeu Cury, Jarbas Nascimento, além de Santos de Souza Ribeiro e Ivone Reis de Siqueira. Eles foram soltos cinco dias após a operação.






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