Mauro Mendes e Valtenir Pereira aparam as arestas e não economizam apertos de mão na reunião que começou tensa, mas que no final foi classificada pelo presidente do partido de "maravilhosa"
Após "guerra" e troca de farpas, Mendes e Valtenir fazem as pazes

Depois da reunião a portas fechadas com os dirigentes municipais do PSB nesta segunda a tarde (7), o presidente do diretório estadual da sigla, deputado federal Valtenir Pereira, que durante a manhã demonstrou preocupação com a fragilidade da chapa, e o pré-candidato ao governo Mauro Mendes atenderam a imprensa em clima de união.

Lado a lado e sem economizar abraços e apertos de mão, ambos fizeram questão de desmentir os boatos de falta de união no partido. Contudo, as contradições continuam. Valtenir chegou a afirmar que a presença dos representantes dos partidos que declararam apoio à aliança, PV, PDT e PPS, chegou a causar certo desconforto. “Este era um momento nosso”, disse. As lideranças chegaram ao evento durante a tarde, juntamente com Mendes, que minutos depois da declaração do presidente do diretório, afirmou que a presença dos líderes foi muito positiva.

Os próprios participantes, que durante a manhã deram força à preocupação do deputado, ao final da reunião concordavam com o pré-candidato ao governo. Apesar disso, todos ratificaram a candidatura do empresário. Classificado como maravilhoso por Valtenir, o encontro que reuniu mais de 50 dirigentes municipais serviu, segundo ele, para aparar as arestas. “Eu tenho um pensamento, o Mauro tem outro. Aqui fizemos as mea culpas e pudemos ponderar onde cada um se equivocou”, declarou.

De acordo com o deputado, até então o partido não tinha tido um momento próprio, sendo pressionado pelos embates de outras siglas em busca de apoio para chapa. “Hoje a gente pode aqui respirar o ar do PSB e percebemos que o sentimento entre nossas lideranças é que eles querem Valtenir e Mauro juntos”, completou.

Com o anúncio da pré-candidatura de Otaviano Pivetta (PDT) e Eduardo Moura (PPS) à Câmara Federal, Valtenir se sentiu acuado dentro da chapa e chegou a admitir os riscos que seu projeto de reeleição correrá a partir de agora. “A gente se sentia sozinho até então”, afirmou o presidente. O apoio demonstrado pelos líderes pareceu acalmar o presidente do diretório. “Eu vi o compromisso que eles estão firmando também com a minha candidatura”, ressaltou.