Dentro de três meses, a estatal deverá entregar ao Ministério de Minas e Energia uma lista de opções para a construção de uma central nuclear no Nordeste. Os estudos realizados até agora consideram como opções os Estados de Sergipe, Alagoas, Bahia e Pernambuco. Em cada Estado, serão apresentadas cinco opções de locais. A decisão precisará passar pelo Congresso. Pinheiro estima que a definição exata do local da central deve sair dentro de dois anos.
"O interessante de ter várias opções é levar em conta os aspectos sociais de cada lugar. A central deve ser encarada como vetor de desenvolvimento", disse Pinheiro a jornalistas após palestra no 33ª conferência da Associação Internacional para Economia da Energia no Rio.
O Plano Nacional de Energia 2030, um estudo de planejamento integrado de energia realizado pelo governo, prevê que até 2030 o país deverá contar com quatro a oito usinas nucleares, distribuídas em duas centrais. A necessidade de um número maior ou menor de usinas depende do ritmo de crescimento econômico. Segundo Pinheiro, em um cenário de expansão moderada, com crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da ordem de 3,5% ao ano, seriam necessárias quatro usinas. Com uma alta de 4,5% a 5% ao ano seriam necessárias oito usinas.
"Se tivermos um cenário de oito usinas, nada impede de termos usinas em outras regiões", disse.
Apesar de não haver definição do local da central no Sudeste, Pinheiro afirma que o Rio de Janeiro tem poucas chances de receber o empreendimento. Segundo ele, tecnicamente São Paulo e o norte do Espírito Santo seriam boas opções, mas a definição da central do Sudeste só deve sair dentro de quatro anos.
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