Poucos agentes financeiros negociaram na sexta-feira, "espremida" entre o feriado de Corpus Christi e o final de semana, justamente num dia em que um novo país europeu entrou no radar dos mercados, a Hungria. Apesar da importância reduzida de sua economia, o país renovou os temores sobre a fragilidade de algumas das economias do velho continente, às voltas com enormes deficits públicos e pouco ou nenhum crescimento econômico, uma combinação que dificilmente desperta confiança entre os compradores de bônus.
A jornada de hoje também se ressentiu do baixo volume de negócios. O volume de câmbio contratado subiu de US$ 1,44 bilhão no dia 4 para US$ 1,80 (cifra sujeita a ajustes) nesta segunda, segundo registros da BM&F.
Analistas ressaltam a agenda complicada dos próximos dias: além da divulgação do PIB, e da reunião do Copom (juros), no Brasil, há indicadores importantes previstos nos EUA, na China e na Europa.
Nesse cenário, o dólar comercial foi vendido por R$ 1,878, em um acréscimo de 1,02% sobre o fechamento anterior. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,878 e R$ 1,854. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,990, em um acréscimo de 1,01%.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) recua 0,86%, aos 61.146 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,43 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cede 0,97%.
Juros futuros
Há poucos dias de nova reunião do Copom, as taxas subiram no mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos.
Boa parte dos economistas estima que o comitê de diretores do Banco Central deve optar por um reajuste da taxa Selic de 9,50% ao ano para 10,25%.
No vencimento para outubro, a taxa prevista passou de 10,60% para 10,63%. No contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 10,94%, para 10,96%; e no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista foi mantida em 11,81%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.
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