Reforma de pontes no Araguaia pode arruinar o festival de praia da região

A reforma das pontes dos rios Araguaia e Garças, na divisa de Mato Grosso e Goiás pode arruinar o festival de praia da região. O início da obra está previsto para esta terça-feira (8), conforme adiantou a empreiteira Sanches Tripolini, que já está montando o seu canteiro de trabalho em Pontal do Araguaia.

O prefeito de Aragarças-GO, Marcos Antônio (PT), ficou surpreso com a notícia de que o canteiro já está sendo montado, colocando em risco o festival de praia que a sua cidade está preparando. O petista entende que seria compreensível deixar a reforma para agosto, quando haverá um fluxo menor de veículos facilitando até mesmo o serviço da empreiteira.

O deputado estadual Adalto de Freitas disse que tomou conhecimento do assunto por meio de alguns empresários e políticos da região e que pretende pedir ao Dnit para, quem sabe, deixar a reforma para o mês de agosto, após o período de férias dos barra-garcenses terminar.

Segundo o peemedebista, as três cidades investiram muito com objetivo de proporcionar um grande festival de praia e a interdição da ponte, mesmo que parcial, causará um transtorno muito grande na cidade.

Hoje as pontes Garças e Araguaia enfrentam congestionamento diário de 1.200 carretas e nos horários de pico, das 07h às 08h e das 17 às 18 h, o trânsito é sofrível.

A recuperação das pontes foi determinada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que verificou irregularidades na obra de R$ 32 milhões entregue pela empreiteira em 2007. Uma delas ocorreu justamente no piso, onde apareceram várias rachaduras. Os ministros do TCU recomendaram a recuperação imediata das pontes ao Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT) num prazo de 180 dias.

A empreiteira deixou o prazo correr e está iniciando a obra no limite do prazo. A reforma está causando protestos de comerciantes e motoristas que usam as pontes no trânsito das cidades de Barra, Pontal e Aragarças-GO. A empreiteira se defende alegando que pretendia fazer a obra em fevereiro, mas foi impedida por uma ação dos produtores de soja que estavam preocupados com escoamento da produção.