Bando explode caixa e danifica único hospital de Santo Antônio da Alegria

 

De acordo com a Polícia Militar, vizinhos do hospital e testemunhas relataram que ao menos oito homens fortemente armados chegaram ao local em dois carros, por volta da 1h30. A PM informou que o correspondente bancário ficava alojado em uma pequena sala anexa ao hospital, no Centro da cidade.

 

O enfermeiro Joel Antônio Paiva estava trabalhando no momento em que o bando praticou o crime. "Eles estavam com fuzil, espingarda. Chegaram aterrorizando todo mundo, os pacientes, os vizinhos, os funcionários, todo mundo ficou com muito medo", comentou Paiva.

 

Segundo o enfermeiro, o caixa ficava ao lado da sala onde são aplicadas vacinas e feitos exames de ultrassom. "A estrutura dessa sala ficou bastante danificada, as paredes ficaram rachadas, as portas empenadas. Não dá pra atender alguém ali. A gente nem entrou no cômodo para ver se os equipamentos também não foram destruídos".

 

A explosão também danificou um carro que estava estacionado na rua em frente ao caixa eletrônico. "O impacto foi tão forte que o veículo que estava parado foi destruído. Imagina para um paciente estar recebendo tratamento e ter que passar por isso. A gente precisa ter mais segurança", concluiu o enfermeiro.

 

Armamento pesado

O delegado Luís Geraldo Dias contou que os suspeitos foram perseguidos pela PM e atiraram diversas vezes para coibir a ação dos policiais, mas afirmou que ninguém ficou ferido. "Eles usaram um Gol prata e um Gol preto durante o crime. Atiraram muitas vezes para o alto com intuito de que os policiais militares não conseguissem prendê-los", comentou.

 

Segundo Dias, a quadrilha foi perseguida até a saída de Santo Antônio da Alegria, mas os criminosos conseguiram escapar pela rodovia que dá acesso à cidade. Policiais de Cajuru (SP), Altinópolis (SP) e Cássia dos Coqueiros (SP) se deslocaram para ajudar na ocorrência, mas nenhum dos suspeitos envolvidos foi preso até o momento.

 

A polícia apreendeu cartuchos de armas de grosso calibre espalhados pelas ruas da cidade. "Recolhemos bala de fuzil, espingarda calibre 12 e pistola nove milímetros", disse Dias.

 

Investigação

O delegado relatou que, em contato com a representante do banco na cidade, descobriu que o caixa eletrônico havia sido reabastecido com dinheiro um dia antes da explosão. "Eles [a quadrilha] têm muita informação privilegiada. Vem explodir o caixa justamente no dia que está cheio de dinheiro. Como eles sabem? Claro que tem muita coisa por trás disso".

 

Dias disse ainda que a investigação deste tipo de crime está se tornando cada vez mais complicada. "Não há câmera de segurança nesse local, então a gente não tem como ver imagem. A gente precisa ouvir os relatos das testemunhas e repassar as informações para o comando. É um crime de autoria desconhecida e muito difícil de ser solucionado", concluiu.

 

 

Outro caso

Está não é a primeira vez que o caixa eletrônico ao lado do hospital foi violado. Em setembro do ano passado, dois homens foram presos após arrombarem o equipamento usando um maçarico. Eles não conseguiram furtar o dinheiro da máquina.