Engajados na luta contra a intolerância sexual, muitos pais levaram para a Parada Gay deste ano seus filhos para ensiná-los que devem crescer sem preconceito e aprenderem respeitar as escolhas sexuais dos demais.

Com a filha de um ano e três meses no colo, o casal de bissexuais Alexandre Nogueira, 28, e Ioná Murakame, 34, querem que a criança cresça sem ter vergonha da própria família. "Eu acho importante que ela tenha contato com pessoas que também temos", diz o pai.

Para eles, o evento é uma grande festa que reúne pessoas de todos os tipos. O casal não vê perigo em levar a filha para a passeata que deve ter a presença de cerca de 3 milhões de pessoas.

Antônio Menezes, 38, aproveita o domingo ao lado do filho de 9 anos. "Faço questão que ele tenha contato com esse mundo desde pequeno, o trago desde quando tinha 6 anos", argumenta o pai para justificar a sexualidade da ex-mulher, que virou lésbica. "Hoje ele aceita o relacionamento da mãe e até gosta da companheira dela".

A heterossexual Denise Costa, 45, faz questão de dar ao filho, de 10 anos, o direito de escolha. "Não sei qual a opção sexual dele ainda. Hoje ele diz é que uma coisa, amanhã pode mudar", justifica.

Segundo a Polícia Militar, o evento ocorre de forma pacífica e não foi registrado nenhum tumulto.

A parada gay de São Paulo é considerada a maior do mundo. O evento é realizado pela Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, uma organização fundada em 1999.

 

  Editoria de Arte/Folhapress