Além dos múltiplos ataques recebidos, os sites pornográficos também estão em baixa entre os internautas, dizem estudos.

Esse declínio está ligado à explosão das redes sociais e aparece registrado em uma enxurrada de pesquisas feitas por empresas de medição de audiência.
 


A mais recente foi feita pela Ukom (sigla em inglês para Companhia de Medição Online do Reino Unido) e mostrou que, das 884 milhões de horas gastas na rede pelos britânicos no último mês de abril, 22,7% foram em redes sociais. A fatia dos sites adultos foi de 2,7% durante o mesmo período.

Nos EUA, Bill Tancer, chefe de pesquisas globais da Hitwise, levantou essa tese em 2008 com "Click: o que milhões de pessoas fazem on-line e por que isso é importante" (ed. Globo, R$ 36). Outros institutos passaram a produzir dados parecidos.

Uma rápida visita ao Alexa, que faz rankings dos sites mais populares da rede, parece confirmar a tese. As redes sociais sempre estão à frente dos sites pornô.

Até mesmo sites de encontros são maiores, em termos financeiros, que a indústria da pornografia. Isso é o que diz o Online Schools, um site especializado em infográficos baseados em dados disponíveis na internet. Sites de encontros movimentam, segundo o gráfico, US$ 1,5 bilhão por ano.

Mas isso é só metade da história. José Calazans, analista de mídia do Ibope Nielsen Online, diz: "A navegação em sites adultos não foi afetada pela popularização dos sites de redes sociais".

Segundo Calazans, o que ocorreu foi o aumento do consumo de vídeo, o que teria derrubado a média de páginas abertas. Os números do Ibope mostram que, no Brasil, os sites pornô sempre tiveram a preferência de 30% dos internautas.

Além disso, lembra Rodrigo Nemj, da ONG Safernet Brasil, as redes sociais podem abrigar conteúdo pornográfico, o que significa que quem frequenta redes sociais não deixa de ter acesso a material para adultos.