Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sábado - 05 de Junho de 2010 às 11:33

    Imprimir


Entram em vigor nesta segunda-feira (7) as novas regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar que ampliam o número de exames e procedimentos que os planos de saúde são obrigados a cobrir.

As mudanças devem beneficiar cerca de 44 milhões de brasileiros que contrataram planos de saúde a partir de primeiro de janeiro de 1999.

Entre os 70 novos procedimentos que os planos serão obrigados a cobrir, 16 são da área odontológica, como a colocação de coroas e blocos. Outros 54 são avanços da medicina, como as cirurgias menos traumáticas feitas com auxílio do vídeo, o transplante de medula e exames genéticos e de imagem. O pet scan, que ajuda a visualizar tumores e outras doenças, é um deles. O exame custa cerca de R$ 3,5 mil, valor que muitos planos não cobrem.
 


“É uma espécie de ressonância mais sofisticada, que pega o câncer e a metástase do pulmão mais no início. Atualmente, é preciso ir para cirurgia exploratória”, explica Henrique Oti Shinomata, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Seguro.

O transplante de medula feito por doação de outra pessoa viva também passará a ser coberto pelos pacotes de referência dos planos. A principal indicação deste transplante é para o tratamento de leucemia.

“Também terão as vídeolaparoscopias no tórax. Antes tinha que abrir o paciente, e a recuperação é muito custosa e dolorida”, diz o especialista.

As novas regras também aumentam o número de consultas de especialistas como psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos e fisioterapeutas que os planos de saúde terão que cobrir. O número de sessões varia de 12 a 24 dependendo da doença e da especialidade. No caso dos psicólogos, elas podem chegar a 40, desde que indicadas por um psiquiatra.

“Antes havia um limite de 180 dias em hospital dia. Não terá mais essa limitação, então não interrompe o tratamento e evita uma crise”, diz Shinomata.

Custo
A Agência Nacional de Saúde Suplementar deve divulgar semana que vem o reajuste anual dos planos de saúde, previsto por lei. Mas o impacto dos novos procedimentos no valor das mensalidades só será avaliado pela ANS no ano que vem.

A expectativa da agência é que as novas coberturas encareçam os planos em cerca de 1%. Já as seguradoras esperam altas maiores.

“Pode acontecer de ser bem mais [o aumento], e aí [os consumidores] vão ter que arcar com esses custos maiores. Mas quem utilizou vai agradecer muito, vai evitar uma cirurgia, ter que passar por uma quimioterapia que não esteja fazendo efeito” diz Shinomata.





Fonte: Do G1

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/129118/visualizar/