"Nós temos que estabelecer o caminho para que os governos saibam o que podem ou não fazer no ciberespaço", afirmou nesta quinta-feira Alexander, no CSIS (Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais), instituição localizada em Washington.
Os EUA há anos se opõem à sugestão russa de criar uma espécie de tratado de controle de armas cibernéticas (tais como códigos que poderiam destruir sistemas de computadores), argumentando que a cooperação internacional deve primeiro focar na redução de crimes virtuais. Mas a administração Obama já começou a rever a sua posição sobre a questão. "Devemos tomar a proposta da Rússia e usá-la para desenvolver uma contraproposta", completa Alexander.
Outra crítica dos norte-americanos é que o tratado não impediria países de utilizar terceiros para promover os ataques, como servidores de Proxy. A tática permitira a realização de ataques a partir de computadores localizados em outros territórios, como por exemplo supostamente fez a Rússia contra a Geórgia, em 2008.
As observações do general foram os primeiros comentários públicos de um oficial dos Estados Unidos que indicassem a abertura para negociações. "Isso mostra uma grande mudança no pensamento da administração e poderia ser interpretada como uma abertura para os russos" disse James Lewis, especialista em segurança cibernética.
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