Chamado de "Empurrado eu não vou", o movimento no Twitter insiste no nome do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) como cabeça de chapa. A campanha ganhou o apoio do presidente do PT mineiro, deputado federal Reginaldo Lopes, que negou que já haja uma definição sobre a chapa.
"Estamos aos 40 do segundo tempo, ainda temos jogo", afirmou o deputado federal Miguel Corrêa Júnior (PT-MG), um dos principais interlocutores de Pimentel e que também apoiou o "Empurrado eu não vou".
O movimento também foi defendido pelo deputado federal Lincoln Portela (PR-MG). Reportagem de hoje da Folha mostrou que PR e PSB, aliados de PT e PMDB no campo nacional, podem preferir apoiar a reeleição de Antonio Anastasia (PSDB) se o candidato da oposição for Hélio Costa.
O nome da campanha repete uma declaração do ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG), que em março, ao ser mais uma vez pressionado a ser vice do tucano José Serra, disse: "Não adianta empurrar, empurrado eu não vou".
Aécio afirmou que a frase foi usada por seu avô Tancredo Neves em 1985, quando fora pressionado pelo então deputado João Amazonas para assumir "posições radicais" para a época.
Encontro
PT e PMDB de Minas se reúnem neste domingo, em BH, para tentar fechar cabeça de chapa. O encontro serve para cumprir o roteiro definido anteriormente pelos partidos, mas o anúncio final só será feito na segunda-feira, em Brasília, na presença das cúpulas nacionais.
As manifestações na internet sinalizam que o PT mineiro pode preferir não ceder em BH, mostrando à militância que "lutou até o final" e deixando a responsabilidade da desistência para o PT nacional.
O presidente do PMDB mineiro, deputado federal Antonio Andrade, limitou-se a dizer hoje que a reação é "natural". Ele disse esperar que o acerto final seja selado em Minas mesmo, no domingo.
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