A grande surpresa na escalação do Santos para o jogo contra o Cruzeiro (empate sem gols), na quarta-feira, foi o nome do goleiro Rafael no lugar de Felipe, entre os 11 atletas que começaram a partida.

De acordo com o pai do antigo titular, José Antonio dos Prazeres, o próprio arqueiro só soube da alteração em Minas Gerais e comunicou a família sobre a decisão do técnico Dorival Júnior duas horas antes do jogo.

Para o presidente Luis Álvaro Ribeiro, a mudança é natural.

"O Santos está satisfeito com os seus goleiros. Rafael e Felipe treinam sempre muito bem. Não existe compulsório no Santos, existe um elenco preparado, que precisa, pode e deve ser reforçado, mas não existe problema em nenhuma posição. O Felipe vinha jogando com exclusividade esse tempo todo. Na véspera das férias o treinador optar por dar uma chance ao Rafael é natural. Ninguém tem lugar cativo no Santos", declarou.

Sobre a contratação de jogadores para posições específicas, como goleiro e volante, o mandatário diz que o clube continua sempre atrás de grandes jogadores e até brinca com a situação.

"Algumas peças saíram. George Lucas, que terá seu contrato terminado agora, Germano e Mancha. Reposição sempre existe e sempre haverá. Se amanhã o Messi tiver chance de vir para o Santos, apesar de contarmos com jogadores consagrados no ataque, vamos tentar", afirmou.

Teto salarial

Desde que a nova diretoria assumiu o comando do clube, foi implantado um teto salarial, que limita os vencimentos dos atletas até um valor específico. Com as especulações sobre os valores do mesmo, Luis Álvaro aproveitou para esclarecer.

"O teto não é uma ciência exata, está entre R$ 150 mil e R$ 160 mil, mas a negociação com os atletas é individual. Não passa disso, porque o Santos não tem condição de pagar mais do que isso para ninguém. Quando passa, como com o Robinho, que ganha mais, fazemos uma operação para pagar o jogador. Mas não é um ângulo reto, de 90 graus, que não pode ser mudado", declarou.