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Sexta - 04 de Junho de 2010 às 16:48

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O Ministério Público do Estado do Rio divulgou nesta tarde nota defendendo a oitiva do jogador Adriano pelo promotor Alexandre Themístocles, ocorrida anteontem, e fazendo uma crítica velada ao presidente da Academia de Polícia do Rio, Wladimir Reale.

Segundo o jornal "O Globo", ontem Reale reclamou do Ministério Público por ter ouvido Adriano antes da polícia. Ele afirmou que o órgão se precipitou, "agiu contra a lei" e "vem se notabilizando pela pirotecnia".

Na segunda-feira, o atleta faltou a um depoimento agendado na 38ª DP, em Brás de Pina (zona norte do Rio). Na terça ele falou ao promotor e ontem finalmente compareceu à delegacia.

O Ministério Público "repudia quaisquer afirmações de que tenha realizado "operações espetaculosas" ou "em desacordo com a lei" nas investigações envolvendo o jogador", afirma a nota.

O órgão "apenas atendeu, por intermédio de seu promotor de justiça, o requerimento da defesa do jogador para sua inquirição nas dependências da promotoria, de comum acordo com a autoridade policial encarregada das investigações, que, posteriormente, decidiu não comparecer ao depoimento", continua o texto.

"Assim, não há qualquer descumprimento da lei", afirma a nota, assinada pela assessoria de comunicação social do Ministério Público.

Após ouvir Adriano, anteontem, a promotoria divulgou nota em que tratava o jogador como "suspeito" e afirmava que há "fortes indícios" do envolvimento dele com o traficante Fabiano Atanásio da Silva, o FB.

Ontem, o delegado Luiz Alberto Andrade afirmou que não há indícios suficientes para indiciar Adriano, ouvido pela Polícia Civil como testemunha em inquérito que investiga traficantes.

FB é líder do Comando Vermelho e suposto autor da ordem de ataque ao helicóptero da Polícia Militar derrubado em outubro de 2009 na zona norte do Rio.

Uma escuta telefônica legal realizada pela polícia em dezembro passado indica que Adriano sacou R$ 60 mil de sua conta e entregou o dinheiro a FB. À polícia, Adriano confirmou o saque, mas disse que o dinheiro foi usado para comprar cestas básicas distribuídas para a comunidade da Vila Cruzeiro (zona norte do Rio), onde morou na infância.






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