O homem, identificado como John MG Doe nos documentos judiciais, assegurou que o antigo sacerdote Michael Baker abusou sexualmente dele quando tinha entre 12 e 15 anos e era estudante e coroinha na paróquia St. Columbkille, no sul de Los Angeles.
Além disso, a acusação indicou que a igreja sabia das "tendências perigosas" de Baker como "abusador de menores", mas mesmo assim permitiu que o clérigo continuasse tendo contato com as crianças.
O caso de Michael Baker foi um dos maiores escândalos da arquidiocese de Los Angeles durante as últimas décadas do século passado.
Em 1986 foi o próprio reverendo quem confessou voluntariamente ao então bispo Roger Mahony, agora arcebispo, que tinha mantido relações sexuais com dois menores.
Esse incidente não foi comunicado à polícia e Baker recebeu ajuda psicológica e foi transferido para outras instâncias até sua expulsão do clero em 2000.
Então o número de vítimas de seus abusos tinha crescido para um total de dez menores.
Um dessas crianças foi o irmão mais velho do denunciante, Luis C., que Baker reconheceu ter abusado.
Na época os dois irmãos não souberam que ambos tinham sofrido as mesmas agressões sexuais por parte de Baker, que terminou cumprindo uma condenação de 10 anos e 4 meses na prisão.
Luis C. reivindicou responsabilidade pelo ocorrido na arquidiocese e terminou chegando a um acordo extrajudicial no valor de US$ 2,2 milhões para encerrar seu caso.
Mais de 5.000 sacerdotes trabalharam na arquidiocese de Los Angeles entre 1930 e 2003. Destes, 113 foram acusados de abusos, segundo o "Relatório Oficial do povo de Deus da arquidiocese de Los Angeles", publicado em fevereiro de 2004.
Em 2007 o atual arcebispo de Los Angeles, Roger Mahony, pediu perdão publicamente às vítimas pelos supostos pedófilos.
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