No almoço, que durou três horas, o ex-governador Aécio Neves (MG), o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-ministro Pimenta da Veiga propuseram mudanças na condução da campanha, hoje muito concentrada em Serra.
Chamado às pressas a São Paulo, o presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), deixou o encontro com a missão de relatar as preocupações ao candidato.
Marcelo Justo/Folhapress |
Jereissati, Pimenta da Veiga e Guerra deixam o Instituto FHC após reunião sobre estratégia tucana |
O risco de desgaste com a demora na definição da vice é alvo de apreensão do grupo. "Todos defendem brevidade na escolha da vice", disse Guerra, um dos cotados para a vice.
"Serra deverá caminhar [na escolha] na semana que vem", acrescentou.
A falta de diálogo e recentes rompantes de Serra também estiveram em pauta. Todos cobram informações sobre a campanha.
A avaliação foi a de que Serra deveria dedicar mais atenção aos aliados e à montagem de palanques, em vez de desperdiçar energia com a rotina da campanha.
Hoje, um dos principais problemas está na concentração da agenda na mão de Serra, já que o roteiro de viagem tem de ser aprovado previamente pelo candidato.
"É preciso otimizar o tempo do candidato e qualificar sua agenda", defendeu Aécio, à saída do encontro.
A sugestão é que Serra delegue mais, poupando-se para que possa se apresentar bem disposto, inclusive na relação com jornalistas.
"Nosso desejo é que a campanha seja mais produtiva. E faremos sugestões para isso", disse Pimenta da Veiga.
Vice
Na reunião, Aécio voltou a defender Tasso para vice. Mas FHC disse que o senador "dá trabalho". "Confesso que não sou nenhum Marco Maciel", brincou Tasso, à saída.
Com a busca de um perfil conciliador, a hipótese de Guerra ganha força, até por sua boa relação com Serra. Mas esbarra no DEM.
Ao fazer um relato, Guerra disse que preferiria um nome do PSDB para a vaga, mas que o DEM poderá indicar o vice para evitar sequelas na campanha. No DEM, Agripino Maia e José Carlos Aleluia são os mais cotados.
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