Silval quer Dilma no palanque, busca popularidade e tem a máquina

O peemedebista Silval Barbosa conta não só com a máquina a seu favor na corrida à reeleição como também com o apoio da presidenciável Dilma Rousseff (PT) e ainda com a vinculação de sua campanha ao governo ao presidente Lula, que registra uma aprovação recorde.

O esforço da equipe de marketing é no sentido de trazer Dilma e Lula para seu palanque no decorrer dos 3 meses de campanha. Silval já leva vantagem hoje por estar em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, situação bem diferente da registrada até ano passado, quando patinava nas amostragens e aparecia atrás do tucano Wilson Santos, seu adversário mais "forte".

No fundo, o Palácio Paiaguás quer atrair a popularidade de Lula vinculando-o a Silval e ainda com Dilma no palanque. O governador tem ainda como ponto positivo o efeito Blairo Maggi.

Trata-se de um ex-governador por 7 anos e 3 meses que também deixou a gestão com a popularidade em alta e que, por enquanto, não sofre um eventual impacto negativo na pré-campanha ao Senado por conta dos escândalos que surgiram após sua saída, como superfaturamento na compra de maquinário e as prisões de assessores do governo por crimes ambientais.

O relatório final da Auditoria-Geral do Estado (AGE) sobre a compra de 705 máquinas e caminhões do programa estadual "MT 100% Equipado" aponta um sobrepreço de R$ 44,4 milhões. O montante equivale a 22% pagos a mais pela compra do maquinário distribuído aos 141 municípios mato-grossenses. Mesmo assim, o fato não respingou na imagem de Silval, que era vice-governador na época da compra. Nem mesmo Maggi sofre o rescaldo do escândalo.

Depois foi a vez da Operação Jurupari, quando assessores do governo e até ex-secretários de Estado foram presos pela Polícia Federal. Mais uma vez, a equipe de marketing do Paiaguás entrou em ação para blindar Maggi e Silval.   

Primeiro prefeito de Matupá (a 696 km de Cuiabá), deputado estadual por dois mandatos, ocupando a presidência e a 1ª secretária da Assembleia, além vice-governador eleito em 2006 na chapa encabeçada por Maggi, Silval ganha em popularidade. 

De todo modo, há a expectativa de uma eleição histórica de dois turnos para governador e, antes mesmo das convenções, a base governista está convicta de que Silval Barbosa será um dos finalistas.