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Quinta - 03 de Junho de 2010 às 09:33
Por: Pollyana Araújo

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A adesão do presidente estadual do PT, deputado federal Carlos Abicalil, à representação, motivada pelo deputado federal Pedro Henry (PP), que pede o afastamento e a quebra de sigilo telefônico do juiz Julier Sebastião da Silva e do procurador da República, Mário Lúcio Avelar, gerou polêmica entre os petistas. O documento já foi protocolado junto aos conselhos Nacional de Justiça (CNJ) e do Ministério Público Federal (CNMP).

Mais dois procuradores, que atuam junto a Avelar, também são citados na representação.

Segundo a segunda vice-presidente do diretório estadual do PT, professora Enelinda Scala, a maioria dos militantes discorda da atitude de Abicalil e diz ter ficado indignada quando viu o nome do parlamentar na lista. Afirma que vai convocar uma reunião o quanto antes com o grupo Utopia e Vida para tratar, além da postura isolada do presidente da legenda, das divergências entre a senadora Serys Marly e Carlos Abicalil após as prévias que definiu o deputado como o pré-candidato do PT ao Senado.

Enelinda defende que, antes de decidir apoiar o movimento, composto por 17 representantes políticos, o dirigente deveria consultar os demais membros da Executiva por meio de reunião extraordinária e avalia que o assunto deve ser tratado com cautela. "Precisamos saber se acusações que estão fazendo contra o juiz Julier e o procurador Mário Lúcio são verídicas".

Para ela, não se pode desconsiderar que Julier tem feito um trabalho importante ao ter coragem de enfrentar os "poderosos" que, conforme a ex-vereadora por Cuiabá, têm lesado os cofres públicos e, consequentemente, a população. Elogia a atuação do ex-procurador da República e pré-candidato ao Senado pelo PDT, Pedro Taques, por ter conseguido desmantelar o crime organizado em Mato Grosso comandado pelo ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

A petista também diz considerar desnecessária a briga de Serys e Abicalil e, na opinião dela, o partido poderia lançar os 2 pré-candidatos à reeleição neste ano.

Outro lado - Carlos Abicalil alega que assinou o documento enquanto deputado e não como presidente do PT e que, na representação, foram levantados indícios da existência de práticas ilegais no processo. "Os órgãos públicos não podem ficar sobre desconfiança e o CNJ e o CNMP possuem as ferramentas necessárias para acabar com essas suspeições".





Fonte: A Gazeta

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