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Quarta - 02 de Junho de 2010 às 23:01
Por: Flávia Borges

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Reprodução

O escândalo envolvendo o desembargador Evandro Stábile, presidente do Tribunal Regional Eleitoral, foi destaque do Jornal Nacional, da Rede Globo, nesta quarta (2). A reportagem mostra que o magistrado é investigado pelo Superior Tribunal de Justiça por suposto envolvimento num esquema de venda de sentenças no TRE. A OAB-MT pediu o afastamento de Stábile e do juiz eleitoral Eduardo Jacob, que também teria participação na comercialização de decisões.

Os dois, junto com outros magistrados e advogados investigados pelo STJ, são acusados de exploração de prestígio, formação de quadrilha e corrupção ativa e passiva. Diante do escândalo, o desembargador tirou férias de 30 dias a partir desta terça, 1º de junho.

Na matéria veiculada no Jornal Nacional foram mostradas as fotos que fazem parte do inquérito, onde Stábile aparece saindo de uma residência ao lado da segunda colocada nas eleições de 2008 em Alto Paraguai, Diane Alves (PR). Eles teriam negociado para que o TRE mantivesse o prefeito eleito Adair José afastado do cargo.

Stábile nega qualquer envolvimento no caso. Segundo ele, as fotos foram tiradas quando ele deixava a casa de uma amiga. A presença de Diane no local, de acordo com o desembargador, foi apenas uma coincidência. "Eu estava lá e, sem meu conhecimento prévio, Diane chegou ao local", alega Stábile. Ele diz ainda que não vota nos julgamentos do TRE, salvo em caso de empate. "Eu não voto e nem influencio na decisão do pleno", justificou-se.

Os indícios são muito fortes da existência de negociações paralelas para a obtenção de decisão judicial favorável", diz o presidente da OAB, Cláudio Stábile, ao defender o afastamento do presidente do TRE.

De acordo com o MPF, que também pede a saída do desembargador do posto de presidente, há fortes indícios quanto à existência de um grupo de pessoas associado em torno de uma estrutura organizada, perene e com predisposição comum de meios objetivando a prática criminosa, notadamente a suposta manipulação de decisões judiciais, mediante exploração de prestígio e corrupção ativa e passiva. Contatos diários dos integrantes do grupo, sempre a tratar da possibilidade de influenciar em decisões judiciais, demonstra a regularidade e a constância das atividades empreendidas.

Confira a íntegra da reportagem do "Jornal Nacional" sobre a suposta venda de sentença na Justiça Eleitoral de Mato Grosso:






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