De acordo com o chefe da otoneurologia do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), Marco Aurélio Bottino, cerca de 450 pacientes são encaminhados mensalmente ao otoneurologista do HC. "São pessoas com sintomas de tontura. Entretanto, em mais da metade dos casos, a causa dos transtornos ocorre por disfunções metabólicas, como diabetes, e vasculares, como hipertensão", informa o especialista.
Para diagnosticar se o problema é no labirinto e o que ele provoca, é realizada uma série de exames, chamados otoneurológicos, segundo o hospital.
Além das causas mais frequentes, como alteração de açúcar no sangue e pressão arterial elevada, existem outros problemas que podem originar tontura.
Enxaquecas, tumores, labirintopatias propriamente ditas, como excesso de líquido em uma parte do labirinto, má-formação de labirinto e até problemas psicológicos podem ser algumas das razões.
Apesar de ser comum em idosos, a tontura pode atingir todas as idades e os sintomas podem ser variados. "Os sinais mais característicos são sensação de que a cabeça está rodando, zumbidos, náuseas, vômitos e queda de audição", diz Bottino. Ele alerta que, se as pessoas apresentarem um desses sintomas, é necessário procurar um médico.
Quando diagnosticada a labirintite, o tratamento varia de acordo com a causa. "Remédios para melhorar problemas do labirinto e da circulação sanguínea, intervenções cirúrgicas no caso de tumores no órgão, e exercícios físicos são algumas das alternativas". Ele ainda ressalta que uma reeducação alimentar pode melhorar os sintomas e até prevenir futuros problemas.
O otoneurologista lembra que muitas pessoas ainda se referem à labirintite como tontura. "O nome correto é labirintopatia, ou seja, são doenças típicas do labirinto e que nem sempre a tontura vai estar relacionada com esses problemas", explica.
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